Google+ SUPER MATEMÁTICA - PROF. UJEVERSON: novembro 2011

28/11/2011

Quais são os instrumentos musicais de uma orquestra sinfônica?

Você é daqueles que, quando assiste uma orquestra ao vivo 

ou na televisão, não sabe o nome dos instrumentos que vê? 

Confunde o violino com a viola, o violoncelo com o 

contrabaixo? Nunca ouviu falar em “fagote”? Acha que o 

“tímpano” é uma membrana do ouvido? Clique aqui para 

visualizar o local onde cada instrumento fica, o seu nome e o 

som que produz.

17/11/2011

Quem quer ser professor?

O Globo, 14/11/2011 - Rio de Janeiro RJ
Pesquisa mostra que apenas 2% dos jovens querem ser professores
Falta de qualificação dos novos docentes também preocupa pesquisadores
Marcelle Ribeiro
SÃO PAULO - A falta de professores qualificados ainda preocupa no Brasil, e a desvalorização da carreira faz com que muitos jovens prefiram outras profissões. Cerca de 600 mil professores que atuam na educação básica — que inclui a educação infantil e os ensinos fundamental e médio — não têm o preparo necessário à função, de acordo com o Ministério da Educação (MEC). E apenas 2% dos jovens querem cursar Pedagogia ou alguma licenciatura, segundo pesquisa da Fundação Carlos Chagas. Pela legislação atual, os professores da educação básica têm que ter nível superior. Porém, cerca de 600 mil dos quase dois milhões de docentes do país não possuem curso universitário, segundo o MEC. De acordo com o secretário de Ensino Superior do ministério, Luiz Cláudio Costa, cerca de 300 mil estão fazendo licenciaturas ou mestrado para se adequar à exigência. Na avaliação de especialistas, há carência de professores qualificados em diversas áreas, como nos primeiros anos da educação infantil e nas disciplinas de Física e Química. — Nas Ciências Biológicas, faltam professores praticamente em todos os setores. As redes procuram cobrir isso usando profissionais que, na sua formação, tangenciam as disciplinas (em que há falta de professores) — diz a pesquisadora Bernadete Gatti, colaboradora da Fundação Carlos Chagas. Como outros especialistas, Bernadete se preocupa com a queda no número de alunos de licenciatura ou Pedagogia. Segundo o MEC, esse número vem diminuindo na modalidade presencial, por causa da falta de interesse dos jovens. Em 2005, 1,2 milhão de alunos estudava alguma licenciatura, número que, em 2009, passou para 978 mil. No mesmo período, o número de alunos de Pedagogia caiu de 288 mil para 247 mil.

No entanto, houve expansão das graduações à distância, para atender à necessidade de professores que já estão no mercado de trabalho. De 2005 para 2009, o número de estudantes das licenciaturas subiu de 101 mil para 427 mil. Nos cursos de Pedagogia, o número pulou de 27 mil para 265 mil, no mesmo período. — Nem todos os cursos à distância são ruins. Mas eles não são supervisionados direito, não têm uma proposta clara. Muitos alunos desistem porque não têm com quem discutir — diz a superintendente de pesquisa em Educação da Fundação Carlos Chagas, Elba Siqueira Barretto. MEC rebate e diz que tem fechado cursos de má qualidade. A evasão dos cursos de Pedagogia e licenciatura também preocupa educadores. — Nas universidades privadas, os cursos de licenciatura e a Pedagogia são os que têm as taxas mais elevadas de evasão, de 50 a 55% — afirma Maria Helena Guimarães Castro, ex-presidente do Inep, órgão responsável pelas estatísticas do MEC. Mas, segundo o MEC, dados preliminares já mostram que a taxa de evasão está diminuindo em algumas universidades.

"Quero lutar pela educação", diz estudante - Pesquisa realizada em 2010 pelas fundações Carlos Chagas e Victor Civita mostrou que, dos 1.500 alunos ouvidos, apenas 2% dos jovens do terceiro ano do ensino médio pretendiam cursar Pedagogia ou alguma Licenciatura. — A carreira é um horror. Apesar de os planos de carreira terem melhorado, e de existir um piso salarial nacional (R$ 1.187 para
jornada de 40 horas semanais), eles deixam a desejar. A média salarial está baixa em relação às exigências. Outra coisa que afeta a escolha é a condição das escolas públicas, que são precárias, sem infraestrutura e gestão — diz Bernadete. Mesmo sabendo desses problemas, o estudante de Pedagogia Cesar Scarpelli, de 24 anos, quer dar aulas para crianças: — Quero lutar pela educação. Meus pais sempre falam: "não vá trabalhar na rede pública", por causa da ideia de que é uma profissão sofrível. Mas acho que temos que ir para a periferia. Rivaldo Vieira Xavier Júnior, de 21 anos, estuda licenciatura em Física e sabe bem o que é sofrer com a falta de professores: — Estudei em escola pública e fiquei sem aulas de Química por quase todo o segundo ano do ensino médio. Tenho interesse em educação devido à realidade da escola onde estudei. Ser professor no Brasil é ato de coragem.

Já a estudante de Pedagogia Maria Alice Bertodini diz que é preciso ser sonhador para abraçar a profissão: — A ideia de ser professor é idealista, é por amor, por gostar de crianças. Para o estudante de Química Mauritz Gregori de Vries, de 20 anos, que dá aulas particulares, falta vocação a muitos dos que estão fazendo licenciatura. — Às vezes, as pessoas fazem a licenciatura porque sabem que a demanda por professores é alta e que um emprego na indústria, por exemplo, é mais difícil. O secretário de Ensino Superior do MEC reconhece que os salários não são adequados. Mas diz que a meta do governo é que, em 2020, o rendimento médio dos docentes com a qualificação necessária seja o mesmo que o de qualquer profissional com nível superior.


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Ujeverson Tavares Sampaio
Professor de Matemática
Secretaria da Educação de Goiás e Colégio Interativa.
Analista Pedagógico e Metodológico

LOGOS - SISTEMA DE EDUCAÇÃO

O sistema de ciclo e alunos analfabetos

Alunos analfabetos
É hora de se perguntar se a progressão automática, isto é, fazer o aluno passar de ano sem provar estar em condições, é uma pedagogia recomendável
Frei Betto - Escritor, autor de Alfabetto autobiografia escolar (Ática), entre outros livros
No primeiro semestre, aplicou-se a Prova ABC (Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização) em turmas de alunos que concluíram o 3º ano do ensino fundamental, em todas as capitais do país. Uma iniciativa do movimento Todos pela Educação, com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O resultado é alarmante. Constatou-se que 43,9% dos alunos são deficientes em leitura e 46,6% em escrita. Ou seja, são semialfabetizados. Não captam o significado do que leem e redigem uma simples carta com graves erros gramaticais. Quanto à leitura, quase metade (48,6%) dos alunos da rede pública correspondeu ao resultado esperado. Na rede de escolas particulares, o desempenho foi bem melhor: 79%. No item escrita tiveram bom resultado apenas 43,9% dos alunos da rede pública. Na rede particular, 86,2% dos alunos se saíram bem em redação.

Os índices demonstram que, no Brasil, a desigualdade social se alia à desigualdade educacional. Alunos da rede pública, oriundos, na maioria, de famílias de baixa renda, não trazem de berço o hábito de leitura. Seus pais possuem baixa escolaridade e o livro não é considerado um bem essencial a ser adquirido, como ocorre em famílias de renda mais elevada. De qualquer modo, é preocupante o fato de alunos, tanto da 
rede pública quanto da particular, não atingirem 100% de alfabetização ao concluir o 3º ano do ensino fundamental. O que demonstra falta de método de alfabetização, embora esta seja a nação que gerou Paulo Freire. Uma criança que, aos 8 anos, tem dificuldade de leitura e escrita sente-se incapaz de lidar com os textos de outras disciplinas escolares, o que prejudicará seu aprendizado. Uma alfabetização incompleta constitui um incentivo ao abandono da escola ou a uma escolaridade medíocre.

É hora de se perguntar se a progressão automática, isto é, fazer o aluno passar de ano sem provar estar em condições, é uma pedagogia recomendável. Com certeza, no futuro, o adulto com insuficiente escolaridade não merecerá aprovação automática em empregos que exigem concurso e qualificação. Priscila Cruz, do Todos pela Educação, frisa a importância da educação infantil (creches, jardim da infância etc.) para dar à criança uma boa alfabetização. Para que se desperte na criança a facilidade de síntese cognitiva é importante que ela comece a ouvir histórias ainda no ventre materno. O Brasil é um país às avessas. A Constituição de 1988 cometeu o erro de incumbir a União do ensino superior, o estado do ensino médio, e o município do ensino fundamental. Ora, uma nação se faz com educação. E a 
base reside no ensino fundamental. Dele devia cuidar o MEC. Nenhum governo implementou, ainda, a revolução educacional sonhada por Anísio Teixeira, Lauro de Oliveira Lima, Paulo Freire e tantos outros educadores. Como acreditar que apenas 4 horas de permanência na escola são suficientes para uma boa educação? Por que os alunos não permanecem de 6 a 8 horas por dia na escola, como ocorre em tantos países? No Brasil, 10% da população adulta é considerada analfabeta. No Chile, 3,4%. Na Argentina, 2,8%. No Uruguai, 2%. Em Cuba e na Bolívia, 0%. Outros fatores que contribuem para a semialfabetização são o desinteresse dos pais pelo desempenho escolar do filho e o longo tempo que este dedica à TV e a navegar aleatoriamente na internet. Nesta era imagética, há o sério risco de se multiplicar o número de analfabetos funcionais ou de alfabetizados iletrados, aqueles que sabem ler, mas não interpretar o texto, e muito menos evitar erros primários na escrita. O governo deve à nação uma eficiente campanha nacional de alfabetização, inclusive entre alunos dos 3º e 4º anos. Para isso, há que ter método. Há vários. Quem se interessar por um realmente eficiente, basta indagar do deputado Tiririca como ele se alfabetizou em dois meses, a tempo de obter seu diploma na Justiça Eleitoral.


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Ujeverson Tavares Sampaio
Professor de Matemática
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LOGOS - SISTEMA DE EDUCAÇÃO

Universitários de Goiânia são suspeitos de fraudar vestibular no PA

Portal G1, 16/11/2011
Universitários de Goiânia são suspeitos de fraudar vestibular no PA
Jovens receberiam entre R$ 10 mil e R$ 15 mil para participar do esquema. Um dos falsários é estudante de medicina e já passou em sete vestibulares
Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera
Três universitários de Goiânia foram presos em Belém (PA) por suspeita de participarem de esquema de fraude no vestibular do Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa), no domingo (13). Entre os goianos estão duas jovens de 23 e 20 anos, e um rapaz de 20 anos. Segundo a polícia, o rapaz de 20 anos seria estudante de medicina e já passou em vestibulares de sete instituições brasileiras. Os suspeitos usavam documentos falsos e ficaram hospedados em um hotel, em Belém. Um homem de 35 anos também foi preso no mesmo hotel, ele é suspeito de dar todo o apoio logístico ao grupo. Para participar do esquema, os alunos que iriam fazer as provas no lugar dos candidatos ao curso de Medicina, seriam recompensados com quantias em que variavam entre R$ 10 mil e R$ 15 mil. Ao todo, cada aprovação no vestibular custaria R$ 30 mil, sendo metade ao contratado e a outra metade ao líder do grupo. O pagamento dos valores seria feito pelos próprios candidatos após a aprovação no vestibular. Em Belém, um homem de 35 anos prestou apoio aos falsos vestibulandos no pagamento de diárias de hospedagem em um hotel, no centro da cidade, e no transporte dos estudantes, além de acompanhar pessoalmente o certame do vestibular. Ele também foi o responsável pela falsificação dos documentos usados pelos estudantes. Uma máquina de imprimir documentos de identidade foi apreendida com ele. Os outros alunos envolvidos no caso são três moças de 18, 19 e 22 anos e um rapaz de 23 anos. Os suspeitos foram enquadrados por falsidade ideológica, formação de quadrilha, falsificação e uso de documentos públicos falsos, e falsa identidade. Um porta-voz do Cesupa garantiu que o processo seletivo da universidade não será anulado, pois não houve qualquer fraude nas provas, bem como os falsos candidatos foram identificados antes de começar a responder as questões.

Denúncia anônima - A direção do Centro Universitário do Pará (Cesupa) recebeu um e-mail na última quinta-feira (10) que denunciava um esquema envolvendo alunos de várias 
universidades do país. De acordo com a Polícia Civil, uma quadrilha de alunos do curso de medicina foi contratada por seis alunos vestibulandos do Pará para fazerem a prova do processo seletivo do Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa). Eles foram presos em quatro locais de prova diferentes por 20 policiais civis disfarçados de fiscais. Os policiais ficaram acompanhando os passos dos falsários desde a chegada deles à capital do Pará até o momento das provas. Todos usaram carteiras de identidade com suas fotos, porém com os nomes dos contratantes. As prisões dos acusados foram efetuadas logo após eles terminarem as provas, assinaram a folha de frequência em sala e o cartão de resposta. Três dos suspeitos são alunos da Universidade Federal de Goiás (UFG), um deles é estudante da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), duas são naturais do Tocantins. As mulheres estão presas no Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), da Polícia Militar, enquanto os homens foram levados ao Presídio Coronel Anastácio Neves, em Americano.


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Ujeverson Tavares Sampaio
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Por pagamento do piso, professores podem entrar em greve

Terra Educação, 16/11/2011
Por pagamento do piso, professores do RS podem entrar em greve
Professores estaduais do Rio Grande do Sul devem se reunir na sexta-feira, em assembleia da categoria marcada para as 13h30 em Porto Alegre, se irão entrar em greve antes do encerramento do ano letivo. Os educadores cobram o imediato cumprimento do piso salarial para docentes e funcionários de escolas. A lei 11.738 prevê que os Estados e os municípios paguem um piso de R$ 1.187 para um professor com carga horária de 40 horas semanais, mas, no Rio Grande do Sul, um educador com essa jornada recebe cerca de R$ 860. De acordo com a Secretaria de Educação, o Estado não tem condições de arcar imediatamente com o impacto da medida - estimado em R$ 1,7 bilhão por ano. De acordo com o sindicato dos professores estaduais, a maioria dos núcleos já aprovou, em assembleias regionais, indicativo  de greve. Além do pagamento imediato do piso, a categoria é contrária a proposta de reformulação do ensino médio, com aulas voltadas para a preparação para o mercado de trabalho. Para o Cpergs/Sindicato, a proposta torna o ensino mais deficitário do que já é, além de "tirar a oportunidade dos alunos das escolas públicas de competir em concursos de acesso a cursos superiores".


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Estados não cumprem lei do piso nacional para professor

Folha.com, 16/11/2011
Estados não cumprem lei do piso nacional para professor
DE SÃO PAULO
Aprovada há mais de três anos, a lei nacional do piso do magistério não é cumprida em pelo menos 17 das 27 unidades da Federação, informa a reportagem de Fábio Takahashi e Luiza Bandeira, publicada na edição desta quarta-feira da Folha. A legislação prevê mínimo de R$ 1.187 a professores da educação básica pública, por 40 horas semanais, excluindo as gratificações. A lei também assegura que os docentes passem ao menos 33% desse tempo fora das aulas para poderem atender aos estudantes e preparar aulas. A regra visa melhorar as condições de trabalho dos docentes e atrair jovens mais bem preparados para o magistério. O levantamento da Folha mostra que a jornada extra-classe é o ponto mais desrespeitado da lei: 15 Estados a descumprem, incluindo São Paulo, onde 17% da carga é fora da classe. Entre esses 15, quatro (MG, RS, PA e BA) também não pagam o mínimo salarial. O ministério da Educação afirma que a lei deve ser aplicada imediatamente, mas que não pode obrigar Estados e municípios a isso. A maior parte dos Estados que descumprem a lei disse que vai se adequar à regra. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação recomendou a seus sindicatos que entrem na Justiça.


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Ensino Público X Ensino Particular

Gazeta do Povo, 16/11/2011 - Curitiba PR
Divididos entre o ensino público e o particular
Professores que lecionam em escolas das duas redes precisam de habilidade para conseguirem se adaptar a condições de trabalho diferentes
Jônatas Dias Lima
O professor de História Alcides Martinelli, 49 anos, 25 desses de magistério, trabalha em duas escolas de Curitiba e ele próprio é um dos pouquíssimos elementos em comum entre elas. Todos os dias, Martinelli divide sua rotina entre as turmas do 6.º ao 9.º ano do Colégio Expoente, nos bairros Água Verde e Boa Vista, e os alunos do Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos (CEEBJA) Maria Deon de Lira, no Boqueirão. Ele se esforça para ensinar o mesmo conteúdo a todos, mas as diferenças nas condições de trabalho são incontáveis. Adaptar-se para conviver entre dois mundos tão distintos – das redes privada e pública de ensino – exige habilidade e motivação. Na instituição particular, que atende famílias de classe média/alta, Martinelli acompanha o mesmo grupo de alunos há quatro anos. Ele conta com satisfação a experiência de ser o principal responsável por tudo o que os jovens sabem sobre História, desde a metade do ensino fundamental até a entrada no ensino médio. "Dá para fazer um trabalho excelente. A qualquer momento, eu posso retomar o que ensinei há uns dois anos e fazer a ligação com um tema atual", diz. A participação dos alunos é intensa. Como a escola é o centro das atenções na vida dos 115 estudantes que têm aulas com o professor, a preocupação maior é aprender, tirar boas notas e sonhar com uma vaga na universidade. Complicadores - Reproduzir o bom rendimento dessas aulas nas noites em que está no CEEBJA é um desafio diário cheio de complicadores. Em turmas cuja variação de idade vai dos 18 aos 50 anos, é uma raridade encontrar alguém que compareça às aulas movido pela vontade de aprender. Nem mesmo a necessidade de obter um certificado de conclusão – a principal justificativa de matrículas no sistema – evita um grande número de faltas capaz de prejudicar qualquer plano de aulas. As desistências, também comuns, são um motivo a mais para desanimar.

Envolvimento dos alunos é determinante - Situação semelhante à de Alcides Martinelli é enfrentada pelo professor de Matemática Sergio Luiz Alves da Silva, de 58 anos. Docente aposentado pela rede privada de ensino, ele prestou concurso público em 2007 e desde então dá aulas no Colégio Estadual Getúlio Vargas, no bairro Cachoeira, em Curitiba. Segundo Silva, ao contrário do que o senso comum pode supor, não é a diferença de estrutura que mais dificulta o trabalho. "Materialmente, eles [estudantes] têm tudo o que é necessário, como computadores e uma tevê em cada sala. O difícil é motivar os alunos", diz. Para o professor, problemas familiares e a criminalidade local deixam os estudantes sem perspectiva. "Não

há participação dos pais em nada. Tenho alunos que vão para a escola apenas para se alimentar", conta.

Comparação - Para a comparação, Silva usa como referência seus outros ambientes de trabalho. Duas faculdades particulares, além de aulas extras no Colégio Estadual do Paraná (CEP). Nas turmas de ensino superior, ele lida com homens e mulheres interessados principalmente em progredir na carreira profissional. Mas é a experiência no CEP que lhe mostrou ser possível obter na rede pública um desempenho em sala de aula equivalente ao que se tem em escolas particulares. O fato de o colégio fazer uma triagem para aceitar matrículas, por meio da análise do currículo, é, segundo o professor, o principal motivo para a formação de turmas dedicadas. "Eles [alunos] te dão uma atenção impressionante. Dá pra ver a vontade de aprender e a gente sente o nosso trabalho ser reconhecido", afirma. Mesmo ganhando menos como professor de educação básica do que como docente na faculdade, essa satisfação é citada como a razão mais forte para Silva manter sua rotina. "Não se ganha muito dinheiro no Estado. É a consciência de que o nosso trabalho é relevante que estimula a gente a continuar ensinando", conclui.



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Ujeverson Tavares Sampaio
Professor de Matemática
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LOGOS - SISTEMA DE EDUCAÇÃO

Meia-entrada para estudante

Portal G1, 10/11/2011
Audiência debaterá lei que federaliza meia-entrada para estudante
Meia consta do Estatuto da Juventude, que trata de direitos dos jovens. Senado discutirá o tema em audiência no próximo dia 22 de novembro
Do G1, em Brasília
O Senado realizará no próximo dia 22 de novembro uma audiência pública para discutir o Estatuto da Juventude, que federaliza o direito da meia-entrada para estudantes. A discussão vai reunir cantores, compositores, União Nacional dos Estudantes (UNE) e governo federal, segundo o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), relator do estatuto na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado. O projeto já foi aprovado na Câmara dos Deputados, e precisa passar por quatro comissões do Senado antes de ir ao plenário da Casa. O parecer de Randolfe sobre o estatuto foi lido nesta quarta-feira (9) na CCJ do Senado, mas o projeto não foi votado por conta de um pedido de vista do senador Demóstenes Torres (DEM-GO). O ponto principal do estatuto diz respeito à meia-entrada para cinemas, jogos ou espetáculos, e passaria a ser lei em todo o território nacional. Hoje, a meia-entrada é regulada em legislações estaduais. Depois de aprovado na CCJ, o projeto deve ainda passar pelas Comissões de Assuntos Sociais; de Educação, Cultura e Esporte; e de Direitos Humanos e Legislação Participativa.

Orientação sexual - O projeto do Estatuto da Juventude também trata dos direitos relacionados à igualdade na orientação sexual e da inclusão de temas relacionados à sexualidade nos currículos escolares. Para conseguir o apoio 
da bancada evangélica, a deputada Manuela d'Ávila (PC do B-RS), relatora do texto na Câmara, acrescentou no texto que a inclusão de temas relacionados à sexualidade nos conteúdos curriculares deve respeitar "a diversidade de valores e crenças". Sobre a capacitação dos professores dos ensinos fundamental e médio para tratar de questões sobre o enfrentamento à discriminação de gênero e de opção sexual, o texto tornou-se mais genérico, ao determinar "o enfrentamento de todas as formas de discriminação". Para Manuela, as mudanças de redação não prejudicaram o texto, que segundo ela, garante ao jovem não ser discriminado por sua orientação sexual.


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Ujeverson Tavares Sampaio
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Academia Brasileira de Letras (ABL) é processada por irregularidades no Acordo Ortográfico.

O Globo, 09/11/2011 - Rio de Janeiro RJ
ABL é processada por irregularidades no Acordo Ortográfico
RIO - Mais de dois anos depois de implantado, o novo "Vocabulário Ortográfico da Língua Brasileira" (Volp) - feito a partir do acordo ortográfico e que teve como proposta simplicar a forma de escrever - ainda gera polêmica com relação as regras estabelcidas, principalmente quanto ao uso do hífen. Com o objetivo de sugerir uma simplificação da forma de escrever, o professor Ernani Pimentel, líder do movimento "Acordar Melhor", entrou com uma ação popular contra a Academia Brasileira de Letras (ABL). No processo, o professor acusa a ABL de lesar o patrimônio cultural brasileiro com a implantação do Novo Acordo Ortográfico. De acordo com Pimentel, a instituição não respeitou o tratado assinado em Portugal, com os países de língua portuguesa, que tem como objetivo unificar o idioma. - A ABL impôs o Volp como a voz do acordo ortográfico universalizado, fez alterações no instrumento firmado em Lisboa. As palavras coerdeiro e anistórico que, pelo documento português, deveriam ser escritas com hífen, no Volp foi tirado o sinal e o "h". A Academia não tem autoridade para isso. Qualquer alteração teria que ser submetida ao Congresso Nacional e essas não foram - afirma.

A ação também pede para que a oficialização do novo acordo, prevista para janeiro de 2013, seja prorrogada com a intenção de
ampliar o prazo de discussões. - Devemos seguir o exemplo de Angola e Moçambique que ainda não ratificaram o acordo e estão solicitando prazo maior. Portugal também ainda não aplicou as novas regras. Eles estão resistentes. As novas regras só devem ser colocadas em prática a patir de 2015 - justifica. Ernani Pimentel diz que não é contra o Acordo Ortográfico, mas sim contra a forma como foi conduzido. - Sou a favor do aprofundamento dele. A proposta de simplificar a língua é ótima. Isso traz muitas vantagens ao movimento editorial, os livros ficam mais baratos. Mas nada disso aconteceu. Hoje temos tantas regras que fica difícil para qualquer um aprender bem o português - diz. Segundo ele, algumas alterações foram boas, como o fim dos acentos nas vogais duplas (vêem, lêem, crêem).

A impressão é que tudo é feito às pressas, como dá, sem rigor algum. Ao sabor do vento. Até porque, muitos querem mostrar serviço e serem tidos como alguém que mudou a educação no país. Só que o serviço é extenso. E educação não se muda de um mandato para outro. Aplicar uma prova dessas, abrangendo todos os estados, exige muita organização e rigor. Só para se ter uma idéia, enquanto a Fuvest tem em torno de 146 mil inscritos, o Enem tem mais de 5 milhões. A diferença é bem grande. E aí, diante dos problemas
(graves), puxa daqui e dali. Pensou-se em anular o exame em todo o país. O que não é justo com quase 100% dos estudantes – num universo de 5 milhões apenas 639 alunos eram da escola em questão. Sem contar o gasto ao reaplicá-lo. A edição deste ano custou R$ 238,5 milhões. Não é uma brincadeira. O dinheiro público tem que ser muito bem administrado. No setor educacional, mais ainda. Nosso país tem sérios problemas nessa área, principalmente na esfera pública. Puxa mais um pouco e dá uma esticadinha – resolveu-se que só os estudantes do colégio do Ceará refariam a prova. Os demais não gostaram da idéia, pois seus colegas teriam mais tempo para estudar.

Entre uma confusão e outra, resolveu-se, até agora, que os alunos de Fortaleza terão anuladas as 14 questões e suas notas serão recalculadas. Ora, não dá para brincarmos que o país tem uma educação de qualidade, que seu sistema de acesso ao ensino superior é o melhor e que o dinheiro está sobrando. Até estaria se fosse mais bem aplicado. Mas ainda fica uma dúvida: como é que a escola teve acesso às questões e as publicou em suas apostilas? Como nos grandes vestibulares, isso precisa ser rigorosamente investigado. E o Enem deve ser repensado e organizado. Ana Cássia Maturano é psicóloga e psicopedagoga)


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Ujeverson Tavares Sampaio
Professor de Matemática
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16/11/2011

ORIGEM DOS SÍMBOLOS

Qual é a origem dos símbolos religiosos?

por Luiz Fujita
CRUZ (Cristianismo)
Símbolos semelhantes já apareciam em culturas pagãs, antes de Cristo. Ela só foi adotada pelos cristãos quando o imperador romano Constantino aboliu as condenações na cruz, no início do século 4. Além de representar a morte de Cristo, a cruz simboliza Deus, Jesus e o Espírito Santo, nas pontas superior, inferior e laterais, respectivamente
 
ESTRELA DE DAVI (Judaísmo)
Duas pirâmides - uma apontando para cima e outra invertida - representam a união ou equilíbrio entre o céu e a terra. Diz-se que Davi, importante rei de Israel, mandava gravar o símbolo nos escudos de seu exército como amuleto de proteção. A partir daí, a estrela de Davi passou a ser identificada com o povo israelita
 
LUA CRESCENTE COM ESTRELA (Islamismo)
Estudiosos supõem que, mesmo antes do islamismo, árabes nômades cultuavam a Lua por viajarem à noite. Quando o símbolo foi adotado na bandeira do islâmico império turco-otomano, passou a ser identificado com os muçulmanos. Mesmo assim, muitos fiéis negam a utilização de qualquer símbolo para representar a fé islâmica
 
OM (Hinduísmo)
É a forma escrita, em sânscrito, do principal mantra hindu. Os mantras são palavras, poemas ou textos entoados durante a meditação para auxiliar na concentração e invocar divindades. Vários textos dos Vedas - as escrituras sagradas hinduístas - começam com Om - pronuncia-se Aum - e significa "aquilo que protege"
 
SUÁSTICA (Jainismo)
Este símbolo - que também aparece no hinduísmo e no budismo - seria um desenho com quatro letras gregas gama (G), representando os quatro ventos, os quatro pontos cardeais, as quatro estações e outros conceitos da natureza relacionados ao número quatro. Mais tarde, o nazismo inclinou o símbolo e popularizou a suástica com um significado negativo
 
DHARMACAKRA (Budismo)
Embora muitos não considerem o budismo como religião, a filosofia também carrega sua marca. O círculo de onde partem oito raios é conhecido como Roda do Dharma. Por sua vez, dharma são os ensinamentos de Buda para que se alcance a iluminação, entre eles o Nobre Caminho Óctuplo, com oito vias que levam ao fim do sofrimento
 
YIN-YANG (Taoísmo)
Estudando as sombras projetadas pelo movimento do Sol, os chineses montaram um tipo de infográfico indicando a duração de dias e de noites ao longo do ano. Esse equilíbrio, fundamental para a agricultura, passou a representar a importância dos opostos e a presença de um dentro do outro - bolinha preta na parte branca, e vice-versa
 
KHANDA (Sikhismo)
A espada de dois gumes no centro do círculo simboliza o Deus único, cuja infinitude e perfeição é representada pelo círculo. A espada da esquerda se refere ao poder espiritual cruzando o poder político, simbolizado pela espada à direita. O significado político, raro na simbologia religiosa, é resultado das perseguições sofridas pelos sikhs ao longo da história
 
ESTRELA DE NOVE PONTAS (Fé Bahá'í)
Essa religião persa, fundada em 1844, prega que as lideranças religiosas ao longo dos séculos, como Maomé e Jesus, são enviados de um mesmo Deus. A doutrina elenca nove religiões - representadas pelas pontas - que preenchem essa definição: sabeísmo, hinduísmo, budismo, judaísmo,cristianismo,islamismo, zoroastrismo, fé babí e fé bahá'í
 
CONSULTORIA - Pedro Lima Vasconcelos, professor de pós-graduação em ciências da religião da PUC-SP

texto retirado de: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/qual-e-a-origem-dos-simbolos-religiosos  

09/11/2011

Notação científica

No nosso dia-a-dia, somos frequentemente confrontados com situações que podem ser traduzidas por números muito grandes ou muito pequenos.


Para escrever um número em notação científica devemos obedecer ao seguinte formato: N x 10onde N deve ser um número que esteja entre 1 e 9 , ou seja, deve ser maior ou igual a 1 e menor que 10 e M o número de zeros (ou casas decimais se o expoente for negativo) do número.


Números muito grandes 

A distância entre o Sol e a Terra é de aproximadamente 150 milhões de quilômetros 
(150 000 000). Esse valor pode ser expresso utilizando a seguinte notação decimal: 
1,5 x 108. (base: 10, expoente: 8) 

Números muito pequenos 
0,0000000007 = 7 * 10–10 (base: 10, expoente: –10) 

08/11/2011

Depois do ENEM e do Enade, agora é vez da Prova Brasil!

IG Educação, 08/11/2011
Prova Brasil é realizada até 18 de novembro em 5,5 mil municípios
Teste com alunos do 5º e 9º ano do ensino fundamental e 3º do médio é usado para avaliar sistema educacional brasileiro
iG São Paulo
Desta segunda-feira até o dia 18 de novembro, cerca de 6,2 milhões de estudantes de 71 mil escolas públicas e privadas participam da Prova Brasil. O teste aplicado a estudantes do quinto e nono anos (quarta e oitava séries do sistema antigo) do ensino fundamental e terceiro ano do ensino médio é usado para avaliar o sistema educacional brasileiro. Aplicada em 5.538 municípios, cada escola tem uma data especificada para a realização do teste cujos resultados serão divulgados em julho do ano que vem. As avaliações do ensino fundamental e médio fazem parte do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que posteriormente serve de subsídio para calcular o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), criado em 2007 para aferir a qualidade do ensino oferecido e usado em várias políticas públicas do Ministério da Educação.
A prova organizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais (Inep) é aplicada em escolas públicas urbanas e rurais que tenham no mínimo 20 estudantes matriculados no quinto e no nono anos (quarta e oitava séries) do ensino fundamental. Para o ensino médio, a avaliação é feita apenas com uma parcela amostral dos alunos. Nesta edição cerca de 1,9 mil escolas particulares participam dos testes. Este ano, o Inep realizará também, no mesmo período, a edição especial da Prova Brasil direcionada aos municípios que reúnem pelo menos 10 matrículas no quinto ano, mesmo que os estudantes estejam distribuídos em várias escolas. Dessa forma, o Inep atende pedido da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), que pede a de maior número de municípios no Ideb. A participação no exame dispensa inscrição. A partir dos dados coletados por meio do Censo Escolar, o Inep seleciona automaticamente as escolas. No dia das provas, estudantes, professores e gestores  respondem a questionários socioeconômicos. Provas - Cada prova do Saeb é constituída por dois blocos de língua portuguesa e dois de matemática. Os estudantes do quinto ano respondem a 22 questões de língua portuguesa e 22 de matemática. Os do nono ano, a 26 de cada disciplina. Esse número de questões é aplicado também aos estudantes do terceiro ano do ensino médio. As escolas de ensino fundamental participantes recebem boletim de desempenho com os resultados das séries avaliadas, que também é divulgado pela internet. Como o alvo da avaliação é a unidade de ensino, não são divulgados resultados ou emitidos certificados de desempenho individual dos estudantes. As instituições que participam da prova no ensino médio não recebem resultados por unidade de ensino, mas as notas contribuem para gerar os resultados agregados por dependência, município, Estado e Brasil.


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Ujeverson Tavares Sampaio
Professor de Matemática
Secretaria da Educação de Goiás e Colégio Interativa.
Analista Pedagógico e Metodológico

LOGOS - SISTEMA DE EDUCAÇÃO

Mais um capítulo da novela ENEM.

Jornal do Commercio, 07/11/2011 - Recife PE
Enem tem mais uma questão anulada para alunos do Colégio Christus, no Ceará
A decisão pela modificação aconteceu no fim da semana passada, após o MEC ter contato com alguns itens da investigação da Polícia Federal
Do JC Online
Agora passam a ser 14 as questões canceladas para os 639 alunos do Colégio Christus, em Fortaleza, Ceará. As alterações foram divulgadas na tarde desta segunda (7) pelo o Inep - órgão responsável pelo Enem, ligado ao Ministério da Educação. O MEC informou também nesta tarde que foram anuladas, do caderno amarelo do exame, as seguintes questões: 25, 29, 33 e 34 (ciências humanas), 46, 50, 57 e 87 (ciências da natureza), 113 (linguagem) 141, 154, 173 e 180 (matemática).  No fim da semana passada, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª região, em Recife, havia determinado a anulação de 13 questões para esses estudantes. Tais itens foram citadas na ação civil pública do Ministério Público Federal cearense, que solicitava o cancelamento da prova em todo o Brasil ou a anulação dessas questões para todos os alunos. Inicialmente, a Justiça Federal do Ceará decidiu pela anulação das 13 para todos os alunos, mas o Tribunal reverteu posteriormente a decisão e limitou a anulação dos itens para os alunos do Christus, que tiveram contato com as questões em um simulado do colégio dias antes do Enem. Agora o Ministério da Educação (MEC) decidiu acrescentar duas questões ao total de anuladas e retirar uma, essa não foi considera nem como semelhante. A decisão pela modificação aconteceu no fim da semana passada, após o MEC ter contato com alguns itens da investigação da Polícia Federal.


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Ujeverson Tavares Sampaio
Professor de Matemática
Secretaria da Educação de Goiás e Colégio Interativa.
Analista Pedagógico e Metodológico

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Novamente "Ensino superior e MEC"

Portal Aprendiz, 07/11/2011
"Ensino superior deve continuar vinculado ao MEC"
Da Redação
Trinta e uma entidades ligadas à educação e à promoção da pesquisa produziram uma Carta Aberta contrária ao PLS 518/2009, que tramita atualmente no Senado, e propõe a transferência da gestão do ensino superior público para o Ministério da Ciência e Tecnologia. Nesse caso, se aprovado, o Ministério da Educação (MEC) se transformaria no Ministério da Educação de Base. Segundo os movimentos – dentre os quais, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Associação Nacional de Política e  Administração da Educação (Anpae) -, a proposta de autoria do Senador Cristovam Buarque (PDT-DF) representa um "grave retrocesso" para a educação brasileira. Ao separar dois níveis de ensino "interdependentes" e "complementares", o Projeto de Lei recupera a "já superada visão educacional desintegradora, presente nas políticas focalizadas dos anos 1990″, afirma o texto. "Ademais, tal proposição poderá criar mais dificuldades administrativas do que soluções para os problemas existentes, subdividindo instituições, criando novas estruturas, duplicando ações e organismos que possuem o mesmo fim", completa a mensagem. As entidades pedem aos senadores que rejeitem a proposta e se empenhem na aprovação de teses e projetos "que fortaleçam a agenda sistêmica e articulada da política da educação". Segundo elas, além de ferir a Constituição de 88, o PL 518/2009 vai de encontro às deliberações da Conferência Nacional da Educação (CONAE), realizada em Brasília, ano passado. "[A Conferência Nacional de Educação] entende que a gestão educacional liderada exclusivamente por uma pasta facilita o respeito e a consagração desse direito social, além de organizar de modo mais satisfatório a busca de soluções aos problemas educacionais brasileiros, que estão inter-relacionados".


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Ujeverson Tavares Sampaio
Professor de Matemática
Secretaria da Educação de Goiás e Colégio Interativa.
Analista Pedagógico e Metodológico

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07/11/2011

Para aqueles que ainda presam por uma educação de "QUALIDADE"!

Você é Professor, da Rede Pública ou Particular?
LEIA com Atenção!
 
O ministro da Educação Fernando Haddad solicitou uma pesquisa científica sobre o aumento do número de horas do aluno na Escola e sua correlação com o aumento do Rendimento Escolar. No dia 21 de setembro (21/09/11) ele apresentou os resultados à imprensa, pois deseja um Grande Debate sobre o Assunto.
 
A pesquisa realizada pela Secretaria de Assuntos Estratégicos do Governo revelou que mais tempo (mais horas) na Escola leva a uma melhoria dos resultados do aluno na aprendizagem e nas avaliações (ENEM, SAEB, etc.).
 
Até aí nenhuma surpresa, pois vários países desenvolvidos têm uma carga horária anual maior do que a brasileira e têm resultados melhores. O que vêm a seguir é que é preocupante.
 
Diante do resultado deste estudo, Ricardo Paes de Barros, subsecretário que coordenou a pesquisa apontou alternativas (que seriam, na verdade, Propostas) ao ministro:
 
Proposta 1
 
Proposta 1 – O Estudo de Ricardo Paes de Barros mostrou que um bom professor em sala de aula tem o impacto de 9,6 pontos no Saeb, 20 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e 68% de melhoria do desempenho do aluno. Mostrou também que a melhoria dos resultados acadêmicos pode ser feita com a diminuição das faltas dos alunos e dos professores durante o ano letivo. Esta proposta implica a) criar programas de formação e projetos de incentivo aos docentes, para que mais bem remunerados, preparados e  motivados, possam faltar menos e dar melhores aulas; b) modificar a atual LDB, diminuindo o percentual máximo permitido de faltas aos alunos (25%); c) Reduzir o número de faltas, abonos e licenças permitidas por lei aos docentes.
 
A Proposta 1 requer modificação na legislação educacional e investimentos em Salários e em Programas de Formação Continuada para os Docentes (Formação Profissional, Especialização, Mestrado e Doutorado).
 
 
Proposta 2
 
Proposta 2 – Paes de Barros aponta que a Diminuição do número de alunos em Sala potencializa o rendimento de todos, ao permitir que os Docentes tenham mais tempo para auxiliar os alunos que apresentarem dificuldades. Nesta proposta: a) estabelecer qual é o número mínimo de alunos por sala e série; b) ampliar o número de salas e, consequentemente, de escolas; c) criar incentivos para a carreira docente, pois mais salas e mais escolas demandarão mais professores  mais bem preparados (hoje, desestimulados, muitos estão deixando a carreira docente).
 
A Proposta 2 demanda investimento em infraestrutura e investimento no profissional da educação (Salários e Capacitação). Se a carreira docente for valorizada, atrairá e manterá nela os mais capacitados.
 
Proposta 3
 
Proposta 3 – Aumento do número de horas diárias do aluno na Escola. Essa proposta segue o modelo europeu (período integral) e implica em alguns investimentos: a) melhorar as cantinas escolares para que possam servir almoço aos alunos; b)readequação do currículo para que todo o período de permanência seja bem aproveitado; c) maior número de salas de aulas (hoje, os alunos do matutino e vespertino utilizam as mesmas salas); d) readequação e aumento da carga horária dos professores (o professor receberia o valor das aulas adicionais); e) aumento dos espaços esportivos e culturais da Escola (necessidades de uma Escola de Tempo Integral).
 
Ou seja, a Proposta 3 requer significativos investimentos em infraestrutura. Entretanto, o aumento do salário dos professores seria apenas em função do aumento do trabalho (mais aulas, mais remuneração) e não de um aumento real no valor da hora/aula. É verdade que a Escola de Tempo Integral é um modelo seguido na Europa, mas lá o professor recebe melhores salários (quando comparados com outros profissionais de formação superior) do que aqui.
 
 
Proposta 4
 
Proposta 4 – Aumento dos dias letivos. Dos atuais 200 para 220 dias letivos. Sendo subsecretário da Secretaria de Assuntos Estratégicos da presidência, Paes de Barros julga ser essa a alternativa mais atraente e interessante ao governo pois praticamente não haverá nenhum custo para os cofres públicos. Na prática, esta Proposta levará: a) a um aumento dos dias letivos em detrimento de sábados e feriados; b) aumento da jornada de trabalho (em dias) sem o consequente aumento da remuneração (pois o governo já divide o salário anual em doze meses + o décimo terceiro); c) diminuição dos dias de recesso e férias docentes.
 
A Proposta 4 não requer do Governo praticamente nenhum investimento – só uma mudança na Lei. Já para o docente, significa mais dias de trabalho, mais matéria a ser lecionada e mais avaliações, provas e trabalhos para corrigir e nenhum aumento ou remuneração adicional. Para o aluno, mais matéria, mais pressão por resultados e menos dias livres em casa.
 
 
Fique Atento e Pense Corretamente como PROFESSOR
 

 
O Governo tem a intenção, segundo o ministro, de realizar um DEBATE com a SOCIEDADE para, em seguida, implementar a medida – aumento para 220 dias letivos.
 

Proposta 1 - Investir na Formação e Salários dos Professores e Diminuir a permissão para Faltas (docentes e discentes).
Proposta 2 - Menos alunos por Sala e Professores melhor Preparados e Melhor Remunerados.
Proposta 3 - Escola de Tempo Integral (ainda precisa de muitos ajustes, mas levará o governo à necessidade de INVESTIR muito para sua implantação).
 
CUIDADO, Professor
 
Como mais UMA PROVA de que o Governo não quer INVESTIR em Educação, o subsecretário da Pasta já está indicando o aumento dos dias como a MELHOR proposta para o GOVERNO. Isso é ÓBVIO, pois é a única alternativa que não requer investimentos.
 
O Governo tentará neste DEBATE jogar a população contra os professores que se opuserem aos 220 dias (Alternativa 4).
 
Mas na verdade, NÓS PROFESSORES sabemos que aumentar para 220 dias não vai mudar em NADA o quadro atual de descaso com que as autoridades tratam a Educação.
 
Além disso, a proposta de aumento dos Dias Letivos é a única que não apresentará nenhuma contrapartida positiva para o DOCENTE.
 
Existem, ainda, outras PROPOSTAS com melhores OPÇÕES . Diga isso aos seus colegas e diretores. Diga isso aos seus vizinhos. Diga isso aos seus ALUNOS, sejam eles do Ensino Fundamental, do ENSINO MÉDIO,  do Ensino Superior, da Pós Graduação, do Mestrado ou do Doutorado.
 
TODOS OS PROFESSORES DEVEM SE UNIR neste Debate, pedindo ao Governo que aumente os INVESTIMENTOS na Educação do País.
 
É fato que Todos os Professores Conscientes querem MUDANÇAS na Educação. Mas queremos MUDANÇAS que realmente façam a DIFERENÇA, que AUMENTEM a QUALIDADE do Ensino e que FAÇAM o governo Investir naquilo que é mais precioso – a Educação de nossas Crianças.
 
NÃO ACEITE OS 220 DIAS. Os 220 dias serão um ENGODO para que o GOVERNO não gaste e não invista mais.
 
Queridos Professores e Professoras da rede Pública e Particular, de todos os níveis
 
Sejam conscientes - Repassem este  E-mail a todos os Docentes e Educadores que vocês Conhecem.
 
 
 
Abaixo, a notícia e a reportagem disponível na Internet
21/09/2011 - MEC apresenta proposta para deixar aluno mais 20 dias por ano na escola
 
O ministro da Educação, Fernando Haddad, apresentou nesta quarta-feira (21) em Brasília o resultado de uma pesquisa que levou o MEC a avaliar o aumento de até quatro semanas no calendário letivo da educação básica do país no sistema público e privado. Atualmente, o Brasil tem 200 dias, como prevê a Lei de Diretrizes e Bases (nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996) no ano letivo e carga horária de 800 horas. O ministro propõe um amplo debate sobre a ampliação da carga horária escolar para 220 dias ao ano.
 
"Sempre que o MEC se vê diante de uma evidência forte que algo pode melhorar a partir da descoberta de um estudo temos que perseguir este objetivo", disse Haddad. O ministro vai discutir a proposta com secretários de educação estaduais e municipais. Ele espera concluir o debate este ano para que a proposta seja encaminhada ao Congresso Nacional em 2012 para votação. "Nenhum país com bom desempenho tem uma carga horária de 800 horas", disse o ministro. "O Chile tem carga de 1.200 horas por ano e o nosso desempenho hoje é equivalente ao que o Chile tinha no ano 2000."
 
A pesquisa coordenada por Ricardo Paes de Barros, subsecretário da Secretaria de Asssuntos Estratégicos da presidência, mostrou que dez dias a mais de aula aumentam em 44% o aprendizado dos alunos e em sete pontos a nota dos estudantes no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Essa melhoria pode ser atingida aumentando a exposição do aluno ao conhecimento.
 
Segundo o pesquisador, o aumento da exposição pode ser feito com ampliação da jornada diária e com a diminuição das faltas dos alunos e dos professores durante o ano letivo. Mas a alternativa mais atraente, segundo Barros, é a que tem o menor custo. "Em termos de custo é melhor porque na outra alternativa (mais horas/aula por dia ou menos alunos por sala) você precisa aumentar o espaço na escola colocando restaurantes e espaços esportivos."
 
A outra variável que provoca melhora é a qualidade do professor. "Tem um enorme impacto entre se consultar um bom ou um mau médico. Com o professor também é assim, mas a gente não valoriza a profissão e deixa o profissional mais experiente migrar para a rede privada", destacou o pesquisador. Ainda de acordo com ele, o impacto no Saeb com professor experiente seria de 3,3 pontos.
    
CARLOS MAGNO AUGUSTO SAMPAIO
MESTRE EM EDUCAÇÃO PELA PUC-PR
PROFESSOR DE FILOSOFIA DO IF-BAIANO
INSTITUTO FEDERAL BAIANO - CAMPUS SANTA INÊS-BA
Carlos.sampaio@si.ifbaiano.edu.br

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Ujeverson Tavares Sampaio
Professor de Matemática
Secretaria da Educação de Goiás e Colégio Interativa.
Analista Pedagógico e Metodológico

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Depois do ENEM o Enade II

Estado de Minas, 07/11/2011 - Belo Horizonte MG
Alunos boicotam teste
Carolina Cotta
Na Escola Municipal Marlene Pereira, no Bairro Alípio de Melo, as reclamações eram de outra ordem. Alguns alunos dos cursos de letras e história boicotaram a prova, marcando respostas de forma aleatória, em protesto às falhas da avaliação ou mesmo às instituições onde estudam. Segundo Bárbara Mourão, de 21 anos, aluna de letras da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), os fiscais não estavam aptos a responder como os candidatos deviam proceder diante do fato de a prova exigir que respondessem de acordo com sua habilitação – licenciatura e bacharelado –, sendo que o curso prevê as duas. "Desisti. Minha prova só tinha questões de licenciatura. Isso foi um erro e, respondendo, poderia influenciar na avaliação. Além disso, achei um absurdo os fiscais da minha sala falarem que quem não quisesse fazer a prova podia só assinar e esperar o sinal para sair da sala." Moisés Wagner, de 26 anos, aluno de história do UNI-BH, percebeu erro parecido na prova que avaliava seu curso. No seu caso, ele deveria escolher entre responder as questões de licenciatura ou bacharelado, mesmo que tenha as duas habilitações. Mas foi em protesto à faculdade que decidiu chutar todas as questões, comparecendo à prova apenas para receber o diploma ao fim do curso. "Discordo dessa forma de avaliação. Acho que os cursos deveriam ser avaliados no seu cotidiano, dentro da própria faculdade. O Enade não está avaliando nada", acrescentou.


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Ujeverson Tavares Sampaio
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Depois do ENEM o Enade

Hoje em Dia, 07/11/2022 - Belo Horizonte MG
Prova do Enade divide opiniões de estudantes em todo o país
A maior crítica é a suposta ineficiência de um único exame para avaliar o conteúdo de um curso que leva anos para ser concluído
Débora Zampier - Agência Brasil
BRASÍLIA – Estudantes que fizeram a prova do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) neste domingo (6) mostraram que, mesmo depois de sete anos de tradição, a aplicação da prova ainda divide opiniões. Nesta edição, 376 mil universitários que estão em fase de conclusão de curso foram convocados para o exame, que é condição obrigatória para a retirada dos diplomas.

A maior crítica é a suposta ineficiência de um único exame, com 40 questões, para avaliar o conteúdo de um curso que leva anos para ser concluído. "Eu acho que não é uma forma eficaz de avaliar, porque muita coisa lá de trás do curso eu não lembro mais, mas por outro lado os temas foram pertinentes com a área e eu acho que é o mínimo que o estudante deve saber. Em geral, eu acho que o Enade está mais para o bom que
para o ruim", disse Yuri Vieira, do curso de ciências biológicas. Apesar de criticar a metodologia da prova - perguntas grandes, foco em algumas áreas do conhecimento em detrimento de outras - sua colega de curso também é favorável ao Enade. "Ao contrário do que muitos dizem, não acho que o Enade é só para a universidade. Eu acho que é importante para saber se você está conseguindo guardar alguma coisa depois do curso", comentou Thâmise de Carvalho.

Outro ponto polêmico é a obrigatoriedade do exame, já que muitos alunos vão fazer a prova apenas para garantir o diploma e não levam a avaliação a sério. "Na minha sala, várias pessoas entregaram a prova 15 minutos depois de ter começado. Seria melhor que só fosse quem realmente quer ser avaliado", disse
Isabela Gardés, do curso de arquitetura. Graziella Queiroz, também do curso de arquitetura, destacou que não iria fazer a prova se não fosse obrigada. "Dizem que o Enade serve para avaliar os cursos, mas antes não existia, e, de alguma forma, se analisava a faculdade." Aluna do curso de pedagogia, Silvana de Araújo acredita que a maior parte dos estudantes criticam a obrigatoriedade porque não querem perder um domingo de folga. "A prova não é difícil, e mesmo que não fosse obrigatório eu viria para me avaliar e para saber como o meu curso está em relação aos outros. Mas sei que a maioria das pessoas não pensa assim". Sua única sugestão é que o exame fosse aplicado ao longo do curso, ou que, pelo menos, a mesma turma realizasse a prova quando entra e quando sai da faculdade.


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Ujeverson Tavares Sampaio
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03/11/2011

IDH 2011 - O país (longe) do futuro

Estado de Minas, 03/11/2011 - Belo Horizonte MG
O país (longe) do futuro
Apesar de subir uma posição no ranking do IDH, as desigualdades sociais ainda são o principal fator que mantém o Brasil abaixo de nações como a Bósnia e o Cazaquistão
Gustavo Henrique Braga e Renata Mariz
Brasília – Embora tenha subido uma posição – de 85º para 84º, entre 187 países – no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), elaborado anualmente pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o Brasil continua atrás de países como Bósnia (74ª), Cazaquistão (68º), Kuwait (63º) e Trinidade e Tobago (62º). Ao mesmo tempo, vizinhos com economias bem mais modestas, como Argentina (45ª) e Chile (44º), integraram, neste ano, o seleto grupo de Estados com a mais alta qualidade de vida no mundo. O motivo fica evidente quando considerado o IDH ajustado à desigualdade social (IDHD). Nesse índice, calculado para 134 países, o Brasil subiria 41 posições caso eliminasse as disparidades internas, considerando as condições atuais nas demais nações. Essa ascensão levaria o país ao estágio "desenvolvimento humano muito elevado", a classificação de elite do Pnud, onde estão incluídos Noruega, Canadá e Suécia.

Além da concentração de renda, responsável por 40% da desigualdade medida pelo IDHD, a educação é apontada como catalisador essencial para acelerar o desenvolvimento humano brasileiro – que, na última década, cresceu lentamente, a 0,69% ao ano, contra o ritmo verificado entre 1980 e 2000, de 0,87%. Para se ter ideia do tamanho do desafio, os brasileiros têm, em média, 7,2 anos de escolaridade, o mesmo número observado no Zimbábue, cuja posição no ranking do IDH é de
173º. O país está atrás, por exemplo, de Botswana, onde a média de escolaridade chega a 8,9 anos, e do Tajiquistão, com 9,8 anos. Já no quesito expectativa de vida – que completa o tripé renda, educação e saúde, usado no cálculo do índice –, o Brasil subiu de 73,1 anos, em 2010, para 73,5 em 2011. Jose Pineda, chefe do grupo de pesquisa do IDH, explicou que, devido a esse aumento, a saúde foi a variável com a maior contribuição individual para o índice brasileiro deste ano.

Apesar do avanço destacado, a expectativa de vida dos brasileiros está bem abaixo não só dos primeiros colocados no ranking, como a Noruega, onde se espera viver 81 anos, como das nações com características semelhantes. Na Colômbia, por exemplo, a esperança aos nascer é de 73,7; na Argentina, de 75,9; e no México, de 77. No que depender do servidor público aposentado Eurípedes do Nascimento Arantes, em breve, o Brasil alcançará níveis mais elevados. Aos 80 anos, idade equiparável à expectativa dos países nórdicos, ele recorda os avanços na saúde pública ao longo das últimas décadas. "Quando eu era garoto, a gente só via remédio de planta e tomava com base no conhecimento popular, não havia médico nem hospital como hoje", conta. O economista Marcelo Neri, pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV), avalia que o Brasil avançou na última década, quando a renda da população mais pobre cresceu 350%, mas destaca que a desigualdade permanece como principal 
característica negativa do país no cenário internacional. "A melhor forma para combater isso é atacar o problema da educação. Esse é o pilar que pode dar bases mais sólidas para a evolução do IDH brasileiro", acrescenta.

TRANSFERÊNCIA DE RENDA Pós-doutor em sociologia do desenvolvimento e professor da Universidade de Brasília (UnB), Marcelo Medeiros explica que os programas de transferência de renda, como o Bolsa-Família, não causam qualquer impacto na redução das disparidades. "São desenhados para reduzir a extrema pobreza. Até porque, a quantidade de dinheiro usada no programa do governo federal está entre 0,5% e 1% do PIB. É pouco", afirma o economista e sociólogo. Opinião semelhante tem João Talocchi, cientista político da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. "Se não houver uma política no campo da educação, os beneficiados permanecerão vulneráveis e dependentes da ajuda governamental", argumenta. Flávio Comim, pós-doutor em economia e consultor do Relatório do Desenvolvimento Humano do ano passado, chama atenção para a expectativa de escolaridade no Brasil, que diminuiu de 14,5 anos em 2000 para 13,8, em 2011. "Isso significa que a qualidade do sistema educacional caiu, ou seja, por diversos fatores medidos dentro dos critérios estatísticos, espera-se que uma criança que entra hoje na escola estude menos do que se esperava no início da década", afirma.


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Ujeverson Tavares Sampaio
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