O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, rebateu nesta segunda-feira as críticas contra o programa que prevê a distribuição de tablets para professores de ensino médio. Mercadante também afirmou que existe uma "tutela conservadora" contra a proposta de usar novas tecnologias no ensino. Na semana passada, o ministro anunciou a distribuição de 600 mil tablets até o fim do ano para professores de ensino médio da rede pública. Também serão entregues 78 mil projetores multimídias, para que os professores possam exibir aos alunos o conteúdo didático que será preparado nos tablets. O anúncio veio dois dias após a Folha mostrar que o MEC estava em fase de conclusão de uma licitação para a compra de 900 mil equipamentos. Inicialmente, o ministério afirmou que ficaria com apenas um terço dos tablets, que seriam distribuídos para os alunos da rede pública. O MEC também havia informado que o plano pedagógico seria criado na prática, com a formação de núcleos nas escolas para estudar a | utilização do novo equipamentos. A falta de uma instrução pedagógica clara resultou em uma série de críticas à compra dos tablets. O plano apresentado depois pelo ministro, no entanto, prevê que os equipamentos vão para os professores, que farão cursos para aprender a aplicar o equipamento no ensino. O MEC também dobrou a quantidade prevista de equipamentos que seriam adquiridos pelo governo federal. Nesta tarde, durante a cerimônia de posse da nova diretoria do Conif (Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica), Mercadante defendeu os benefícios da proposta e desferiu diversos ataques contra os críticos. "É uma coisa impressionante. Eu não sei qual é a resistência ideológica a essa discussão no Brasil. Qual é a profissão hoje importante que não usa tecnologia da informação?", indagou o ministro em seu discurso. "Há uma certa tutela conservadora | indefensável. E esse é um debate que nós faremos durante este ano e a história vai demonstrar quem é que tinha razão", completou. Mercadante detalhou a proposta afirmando que há aproximadamente 15 mil aulas prontas no Portal do Professor do MEC, que poderão ser usadas através dos tablets. O ministro também disse que os professores terão acesso às publicações nacionais pelo equipamentos e também a conteúdo traduzido da Khan Academy, organização não governamental que distribui aulas de física, matemática, biologia e química. "Aprender com o computador e com o tablet é parte do esforço da escola. Quanto mais rápido o Brasil aprender a usar essa tecnologia, tanto mais nós nos prepararemos para a sociedade do conhecimento", disse o ministro que depois fez novo ataque aos críticos. "É mais ou menos como os saudosistas da régua de cálculo achar que nós não deveríamos avançar em relação à calculadora". |
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