Google+ SUPER MATEMÁTICA - PROF. UJEVERSON: fevereiro 2012

29/02/2012

ENEM


O Globo, 29/02/2012 - Rio de Janeiro RJ
Banca com três especialistas dará a nota final da redação do Enem
Medida será adotada quando houver discrepância após duas correções do texto
Demétrio Weber
BRASÍLIA. Uma banca com três especialistas dará a palavra final na correção das redações do próximo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em novembro. Atualmente, isso é feito por apenas uma pessoa, sempre que há diferença superior a 300 pontos nas notas atribuídas pelos dois avaliadores encarregados de ler os textos inicialmente. Outra novidade será a redução da margem de discrepância que torna obrigatória a revisão da nota por um terceiro avaliador. Hoje a distância tem que ser superior a 300 pontos. O Ministério da Educação (MEC) ainda não definiu o novo limite, que já foi maior em edições anteriores e vem caindo. Por ora, sabe-se apenas que ele ficará abaixo de 300 pontos, aumentando assim o número de casos em que a nota final será dada pela banca de especialistas.

As mudanças têm como objetivo melhorar o sistema de correção das redações. A cada Enem, participantes acusam os corretores de subjetividade e vão à Justiça na
tentativa de alterar os resultados. O novo sistema de correção está sendo preparado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do MEC responsável pelo exame. A proposta será submetida ao ministro Aloizio Mercadante, que já anunciou a decisão de mexer na atual metodologia de correção das redações. Mercadante quer diminuir a margem de subjetividade inerente ao processo. A equipe do Inep pretende qualificar os corretores. A ideia é reforçar a capacitação desses profissionais, com ênfase ainda maior nos especialistas que vão compor as bancas.

Queremos 500 pessoas de alto nível — diz quem acompanha de perto a elaboração da proposta. — Precisamos treinar cada vez mais. Em outra frente, o Inep criará uma comissão técnica com nomes indicados pela Associação Brasileira de Avaliação Educacional (Abave). A ideia é que esse grupo apresente sugestões para aperfeiçoar o exame do ponto de vista acadêmico. Um comitê com
representantes de universidades públicas também acompanhará a preparação do teste. O Enem de 2012 será o quarto desde que o exame foi reformulado e passou a substituir vestibulares de universidades federais, em 2009. O Inep chegou a anunciar a realização de duas edições em 2012, mas desistiu. A ex-presidente do instituto Malvina Tuttman assinou portaria nesse sentido e foi demitida por Mercadante, que em janeiro substituiu o então ministro Fernando Haddad.

As últimas três edições do Enem foram marcadas por problemas. A primeira foi cancelada dois dias antes da aplicação do teste, por causa do furto de questões numa gráfica de São Paulo, e acabou sendo realizada meses mais tarde. Em 2010, houve erros de impressão em parte dos cadernos de prova e em todas as folhas de resposta. No ano passado, o MEC anulou o exame de estudantes de um colégio particular em Fortaleza que teve acesso antecipado a questões pré-testadas na escola.

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Ujeverson Tavares Sampaio
Professor de Matemática
Secretaria da Educação de Goiás e Colégio Interativa.
Analista Pedagógico e Metodológico

LOGOS - SISTEMA DE EDUCAÇÃO

28/02/2012

MEC divulga piso de R$ 1.451 para professor

O Estado de Minas, 28/02/2012 - Belo Horizonte MG
MEC divulga piso de R$ 1.451 para professor
Brasília – O Ministério da Educação (MEC) divulgou ontem o novo valor do piso salarial nacional para os professores de educação básica: R$ 1.451. O novo valor representa um reajuste de 22,22% em relação ao ano passado – o valor anterior era R$ 1.187. O MEC usa como parâmetro de reajuste o aumento no valor gasto por aluno no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) – como prevê a lei nacional do piso do magistério, de 2008. O novo valor se refere ao mínimo que deve ser pago para professores com jornada semanal de trabalho de 40 horas. O piso deve ser divulgado anualmente até janeiro, para ter vigência ao longo do ano. Como houve atraso, o novo valor deve ser retroativo ao primeiro mês do ano. Apesar de ser uma lei federal, o piso para professores ainda é desrespeitado por muitos estados e municípios. "Na verdade, a lei completa não é cumprida em praticamente nenhum lugar", disse o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin de Leão. A CNTE convocou uma paralisação nacional para os dias 14, 15 e 16 deste mês por conta do não cumprimento da lei do piso.

Além do menor salário que deve ser pago, a lei também prevê que um terço da jornada de trabalho deve ser extraclasse – na preparação de aulas ou atendimento ao aluno. Reportagem da Folha de S.Paulo de novembro mostrou que 17 estados não cumpriam a legislação relativa ao piso – em pelo menos um dos pontos previstos. Do total de estados, seis não pagavam na ocasião o mínimo estabelecido para o salários dos professores e 15 não respeitavam o limite de um terço da carga horário para atividades extraclasse – havia casos de estados que não seguiam nenhuma regra.

Por meio de nota, o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) informou que
acredita que a lei do piso valoriza os profissionais do magistério, mas alega que a maioria das 27 unidades da federação enfrenta dificuldades para o seu cumprimento, principalmente orçamentária. O Consed pede que o MEC complemente o recurso necessário para o pagamento do piso em estados sem condições. O conselho também quer que o MEC apoie um projeto em tramitação na Câmara dos Deputados que prevê a troca do índice atual de reajuste pelo Índide Nacional de Preços o Consumidor (INPC) – que fechou o ano passado em 6,08. Outro pedido é de que haja um cronograma para que estados e municípios implementem a regra de reservar um terço da jornada de trabalho dos professores para atividades fora de aula. "Trocar o índice de reajuste pelo INPC não é mais valorização do professor, que é o objetivo da lei do piso. Seria só uma correção da inflação", disse Leão, presidente da CNTE.


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Ujeverson Tavares Sampaio
Professor de Matemática
Secretaria da Educação de Goiás e Colégio Interativa.
Analista Pedagógico e Metodológico

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16/02/2012

GABARITO COMPLETO DA


Questão 1
a)     X = 3; Y = 64 
b)    a = 25;  b = 14
c)     Y = 42; Z = 45 
d)    X = 27; Y = 18 
e)     128, 32 
f)     1.350 
g)    X = 5/9; Y = 6 
h)     A = 2; B = 63 
Questão 2
R$ 10,00; R$ 30,00; R$ 120,00
Questão 3
R$ 18,00; R$ 30,00; R$ 120,00
Questão 4
7560
Questão 5
140
Questão 6
a)     A = 10; B = 15 
b)    X = 18; Y = 42 
c)     Y = 24; Z = 144 
d)    a = 40; b = 15 
e)     63 
f)     3.888 
g)    a = 1; b = 5/8 
h)     X = 9; Y = 2/3 
Questão 7
R$ 1.120,00; R$ 945,00 
Questão 8
1980
Questão 9
R$ 40,00; R$ 240,00; R$ 480,00 

1ª LISTA DE GEOMETRIA 3ªSÉRIE - COLÉGIO INTERATIVA 2012
















                              

10/02/2012

"Eu já digo isso a muito tempo dentro das salas de aula"

UOL Educação, 09/02/2012
OCDE pede investimento em educação como saída da crise a longo prazo
Paris, 9 fev (EFE).- A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) fez um apelo a seus países-membros nesta quinta-feira para que invistam em educação como solução a longo prazo para a crise econômica, diante do custo que o fracasso escolar dos jovens tem para a sociedade. Seu estudo sobre "Equidade e qualidade da educação", divulgado nesta quinta-feira, conclui que uma população com níveis reduzidos de ensino mina a capacidade de seus países de produzir, crescer e inovar, além de prejudicar a coesão social e impor despesas adicionais à Administração pública. A face mais visível do fracasso escolar, segundo a organização, é o abandono dos estudos, que em 2011 tinha alcançado 20% dos jovens de entre 25 e 34 anos desses países, com variações que foram de 3% na Coreia a 36% na Espanha e 62% na Turquia. A OCDE detalha que em 2010 havia 15 milhões de jovens sem emprego em seus países-membros, quatro milhões a mais do que em 2007, enquanto apenas a metade dos que haviam deixado a escola tinha um emprego, o que os torna mais dependentes dos serviços sociais e da saúde pública. "Reduzir o fracasso escolar economiza despesas a longo prazo", explicou à Agência Efe Beatriz Pont, uma das autoras da análise, para quem o crítico contexto econômico atual é uma razão a mais para "não baixar a guarda" e seguir apostando em sua melhora. O estudo reúne dados de avaliações anteriores da organização e não apresenta um novo ranking dos países, mas aproveita essa informação para oferecer recomendações sobre políticas que se mostraram efetivas. Seu alerta parte do princípio que um sistema educacional justo pode corrigir desigualdades econômicas e sociais mais amplas e reduzir o desemprego juvenil: em 2009, segundo seus dados, 84% das pessoas com educação superior na OCDE trabalhavam, contra 56% das que não tinham terminado o ensino médio. Por essa razão, o documento destaca a importância de solucionar o problema já no início da educação, porque de um ponto de vista econômico, segundo seus cálculos, cada dólar investido nessa etapa gera posteriormente entre sete e dez centavos ao ano. O estudo, o primeiro que o organismo realiza sobre o assunto, ressalta ainda que o apoio aos professores, ao estudo e aos incentivos que retenham os melhores professores, é outro dos pontos-chave nessa luta.


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Ujeverson Tavares Sampaio
Professor de Matemática
Secretaria da Educação de Goiás e Colégio Interativa.
Analista Pedagógico e Metodológico

LOGOS - SISTEMA DE EDUCAÇÃO

09/02/2012

O gargalo do ensino

O Tempo, 09/02/2012 - Belo Horizonte MG
O gargalo do ensino
Editorial
Consenso existe. É generalizada a convicção de que todo o resto que faz uma sociedade alcançar altos níveis de desenvolvimento depende da educação. Com frequência, são citados os exemplos de países que fizeram opção pela educação e pularam, em poucos anos, várias etapas de desenvolvimento econômico e social. Da mesma forma, à educação ou à falta dela é atribuída a principal causa de nossos males. Constitucionalmente, a educação é direito do cidadão e dever do Estado. No entanto, esses objetivos encontram muitas dificuldades para se completarem. O último balanço, da ONG Todos pela Educação, o prova. Mais de 3,8 milhões de jovens entre 4 e 17 anos estão fora da escola no Brasil. Esse número equivale à população do Uruguai. A universalização da educação fundamental, apesar de oferecida, não se concretizou. Nenhum Estado conseguiu que 80% de seus jovens até 8 anos estivessem alfabetizados em 2010. Governos, educadores e famílias tentam superar os entraves a essa meta, realizando experiências e implantando programas que despertem o interesse dos alunos no aprendizado. Uma dessas providências foi a abolição da reprovação, que colocava em xeque a competência da própria escola em aprovar o aluno.

Verificou-se também que, quanto mais cedo o aluno frequenta a escola, menos ele se evade dos
estudos. O gargalo estaria, então, na pré-escola. Cerca de 20% das crianças brasileiras entre 4 e 5 anos estão ainda fora da escola. Comparados os últimos censos, não houve aumento de matrículas na pré-escola. O ensino médio atende a 83% da população entre 15 e 17 anos. Não obstante, só 50,2% concluem os estudos até os 19 anos. Os motivos alegados para a evasão são a falta de interesse e a necessidade de trabalhar. Este é frequentemente incontornável, mas o defeito do primeiro está na família, nos educadores e na escola. Uma prova: de dezenas de professores que o leitor teve, quantos o ajudaram efetivamente na sua educação?


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Ujeverson Tavares Sampaio
Professor de Matemática
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Analista Pedagógico e Metodológico

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Desastre na educação

O Estado de São Paulo, 09/02/2012 - São Paulo SP
Desastre na educação
Editorial
Com 3,8 milhões de crianças e jovens fora da escola e padrões de ensino muito ruins, o Brasil terá muita dificuldade para se manter entre as maiores e mais prósperas economias, diante de competidores empenhados em investir seriamente em boa educação, ciência e tecnologia. Para dezenas de milhões de pessoas, o atraso educacional continuará limitando o acesso a empregos modernos e a padrões de bem-estar comparáveis com aqueles alcançados há muito tempo nas sociedades mais desenvolvidas. Mesmo a criação de vagas será dificultada, porque as empresas perderão espaço - como já vêm perdendo - para indústrias mais eficientes, mais equipadas com tecnologia e operadas por pessoal qualificado. Oportunidades de emprego são oportunidades de bem-estar e de vida melhor para o trabalhador e sua família.

Más políticas para a educação põem em risco esses valores e ainda condenam os indivíduos, por seu despreparo, a uma cidadania muito rudimentar. Não há como evitar pensamentos pessimistas depois de conhecer o último relatório do movimento Todos pela Educação, divulgado nessa terça-feira. O relatório confirma, com dados assustadores, as piores avaliações das políticas educacionais seguidas nos últimos nove anos - marcadas por prioridades erradas e orientadas por interesses populistas. A partir de 2003 o governo federal deu ênfase à criação de faculdades e à ampliação do acesso ao chamado ensino superior, negligenciando a
formação básica das crianças e jovens e menosprezando a formação técnica. Só recentemente as autoridades federais passaram a dar atenção ao ensino profissionalizante.

Por muito tempo ficaram concentradas no alvo errado, enquanto os maiores problemas estão nos níveis fundamental e médio. A progressão dos estudantes já se afunila perigosamente antes do acesso às faculdades. Segundo o relatório, em apenas 35 cidades - 0,6% do total - 50% ou mais dos estudantes têm conhecimentos matemáticos adequados à sua série. No caso da língua portuguesa, aqueles 50% ou mais foram encontrados em apenas 67 municípios. Criada como entidade não governamental em 2006, a organização Todos pela Educação definiu metas finais e intermediárias para o período até 2022. Talvez fosse mais apropriado falar de "marcos desejáveis", já que a fixação de metas deve caber a quem dispõe dos instrumentos e dos poderes para a formulação de políticas. O confronto dos dados efetivos com esses marcos - nenhum deles muito ambicioso - permite uma avaliação dos avanços, em geral muito modestos, da atividade educacional brasileira. O quadro é constrangedor.

Em 2010, 80% ou mais das crianças no final do terceiro ano fundamental deveriam dominar a leitura, a escrita e as operações matemáticas básicas. No caso da escrita, 53,3% alcançaram o padrão desejado. No da leitura, 56,1%. No
da matemática, 42,8%. As porcentagens melhoram, em algumas séries mais altas, mas, em contrapartida, há um sensível afunilamento. Só 50% dos jovens com até 19 anos concluem o ensino médio. Destes, apenas 11% aprenderam o mínimo previsto de matemática. Não tem muito sentido prático alargar as portas de acesso às faculdades, como fez o governo durante vários anos, quando poucos estão preparados para enfrentar um bom ensino universitário.

Não há, neste momento, grandes perspectivas de melhora. Porque a legislação do ensino médio continua desastrosa, como deixaram bem claro, em artigo publicado no Estado de ontem, os especialistas João Batista A. Oliveira, Simon Schwartzman e Cláudio de Moura Castro, analisando a Resolução 2 do Conselho Nacional de Ensino, publicada em 30/1/2012, que "alarga o fosso que existe entre as elites brasileiras e o mundo das pessoas que dependem de suas decisões". Além disso, a vertente profissionalizante do ensino médio é oferecida não como alternativa real, mas como um caminho mais trabalhoso, com adição de 800 horas ao currículo. Diante desse quadro, as inovações propostas pelo governo - como a distribuição de tablets aos professores - parecem piadas de mau gosto. Engenhocas podem ser muito úteis, mas nenhuma pode produzir o milagre de tornar eficiente um sistema fundamentalmente mal concebido e orientado.


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Ujeverson Tavares Sampaio
Professor de Matemática
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08/02/2012

O que existe é uma educação bipolar

O Tempo, 08/02/2012 - Belo Horizonte MG
O que existe é uma educação bipolar
MANOEL MESSIAS SANTOS SOBRINHO / Mestre em educação tecnológica
Sou professor da rede municipal de ensino em Belo Horizonte há quase 20 anos. Entra prefeito, e sai prefeito e a educação sofre mudanças conforme a cabeça do comandante de plantão. Iniciei minha carreira trabalhando num sistema de ensino tradicional, ou seja, para ser aprovado, o aluno deveria ter 60% de aproveitamento em todas as matérias. Dois ou três pontos abaixo disso, mesmo que apenas em uma disciplina, e o estudante corria risco de repetir toda a série. Alunos fazendo cada série em dois anos eram comuns. Tempos depois veio a Escola Plural. Era proibido reprovar. Soubesse ou não o que estava sendo ensinado, participasse ou não das atividades, todo estudante estava pré-aprovado. A situação ficou tão surreal que o tema foi pauta, devido à pressão da população, da última eleição municipal em BH, e a Escola Plural deixou de existir.

Hoje, trabalho com a educação de jovens e adultos. O projeto pedagógico de minha escola prevê que a avaliação, e a consequente aprovação dos alunos, será feita ao longo do ensino, observando os
avanços alcançados pelos estudantes. Nada de aprovações automáticas ou retenções desenfreadas. Alunos trabalhadores e com ampla bagagem de vida são, dessa forma, estimulados a prosseguir com os estudos, um fator primordial para a ascensão social. Parte da máquina burocrática da prefeitura de Belo Horizonte, no entanto, entende de outra forma. Ela exige que apenas deva ser aprovado o estudante que tirar "nota azul" em todas as provas. Devemos instituir novamente a exclusão escolar?


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Ujeverson Tavares Sampaio
Professor de Matemática
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MEC pode implantar projeto em que professores visitam alunos

Folha.com, 07/02/2012
MEC pode implantar projeto em que professores visitam alunos
RENATO MACHADO DE BRASÍLIA
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse nesta terça-feira que pretende implantar um projeto no governo federal no qual os professores visitam os alunos em suas casas. A medida foi citada por Mercadante ao apresentar o novo secretário de Educação Básica do MEC, César Callegari. Quando era secretário da Educação de Taboão da Serra, na região da Grande São Paulo, Callegari instituiu um programa que pagava uma remuneração extra aos professores por cada aluno visitado. Os resultados apontaram que os estudantes visitados tinham desempenho até 80% acima dos demais alunos que não receberam os professores em casa. "Eu tive a oportunidade de conhecer de perto a experiência que ele esteve a frente do município. Algumas coisas chamaram muito a atenção, principalmente uma ideia inovadora que nós queremos trazer para o ministério", disse o ministro, que logo em seguida explicou o programa. "Eram professores que ajudavam no acompanhamento pedagógico e trabalhavam inclusive visitando a casa dos alunos, procurando aproximar mais as famílias da escola e com isso tendo um processo de aprendizado muito mais equilibrado, muito mais homogêneo, muito rico", completou.


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Ujeverson Tavares Sampaio
Professor de Matemática
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Só 42% dos alunos do 3.º ano do ensino fundamental têm bom desempenho em matemática

O Estado de São Paulo, 07/02/2012 - São Paulo SP
Só 42% dos alunos do 3.º ano do ensino fundamental têm bom desempenho em matemática
Nível dos estudantes foi medido pela Prova ABC, aplicada em 250 escolas de todo o País em 2011
SÃO PAULO - Apenas 42,8% dos alunos que concluem o 3.º ano do ensino fundamental têm as habilidades em matemática esperadas para a série, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira, 7, pelo Movimento Todos Pela Educação. O nível dos estudantes foi medido pela Prova ABC, aplicada em 250 escolas de todo o País em 2011, avaliando o desempenho em escrita, leitura e matemática. Para a escrita, 53,3% dos alunos tiveram desempenho considerado satisfatório, com base nas escalas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), metodologia do Ministério da Educação. Em relação à leitura, o índice de estudantes com as habilidades esperadas ficou em 56,1%. A Região Norte obteve o pior resultado em matemática, apenas 28,3% dos estudantes tiveram o resultado esperado para a série. O Sul conseguiu o melhor resultado na disciplina, com 55,7% dos alunos apresentando bom desempenho.

Em relação à redação, o Nordeste teve o desempenho mais baixo: só 30,3% dos estudantes apresentaram domínio da escrita de acordo com a série que cursavam. A Região também teve o menor percentual de alunos (42,5%) com habilidade de leitura satisfatória. O Sudeste é a Região com o melhor resultado para a prova de escrita (65,6%).

Na rede particular de ensino, o porcentual de alunos com bom resultado em matemática foi 74,3%, mais do dobro do verificado na rede pública, 32,6%. Na prova de redação, 80,7% dos estudantes do
ensino privado tiveram desempenho satisfatório, contra o percentual de 44,3% verificado entre alunos das escolas públicas. Proporção semelhante foi apresentada na avaliação de leitura, em que 79% dos alunos da rede particular se saíram bem e apenas 48,6% dos estudantes do ensino público tiveram bom resultado. Um dos fatores apontados pela pesquisa para a diferença entre os alunos do ensino privado e o público é o acesso à educação pré-escolar. "Uma explicação para esse resultado é que a maior aprendizagem na rede privada está relacionada ao fato de seus alunos terem melhores condições sociais e econômicas e de terem cursado a pré-escola. Tais condições ajudam a explicar, mas não deveriam justificar tal diferença entre as redes", ressalta o estudo.


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Ujeverson Tavares Sampaio
Professor de Matemática
Secretaria da Educação de Goiás e Colégio Interativa.
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07/02/2012

Escola municipal terá rede social exclusiva


São Paulo, terça-feira, 07 de fevereiro de 2012
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/24528-escola-municipal-tera-rede-social-exclusiva.shtml  

Escola municipal terá rede social exclusiva

Nos mesmos moldes do Facebook, ideia é interligar estudantes, pais e professores

DE SÃO PAULO

As escolas municipais de São Paulo terão até o final deste semestre uma rede social, aos moldes do Facebook, para interligar alunos, pais de estudantes e professores.

Na rede, os alunos poderão criar seus próprios avatares (personagens) e terão à disposição exercícios de português e matemática, complementares ao conteúdo visto em sala de aula.

Também poderão comentar sobre as atividades e compartilhar dúvidas.

O site faz parte de um projeto que custará R$ 54,2 milhões e incluirá a entrega de equipamentos de informática e a implementação de uma rede wireless em todas as 551 escolas da rede.

Cada unidade terá tablets à disposição dos professores de português e matemática e netbooks que serão usados pelos estudantes em sala.

O projeto será implementado a partir de março, quando os professores começam a ser capacitados, afirma a Secretaria Municipal da Educação. Ele será voltado, inicialmente, para estudantes do 4º, 5º e 6º ano (entre 9 e 11 anos).

Por meio de uma senha individual, cada aluno poderá acessar o site de relacionamento e executar, com a supervisão do professor, as atividades. Cada acerto no exercício vale um ponto virtual, que pode ser usado para customizar (com acessórios) o personagem do estudante.

"Estamos trabalhando com uma linguagem que hoje, para eles, é muito própria. Qualquer aluno opera em computador. Isso ajuda a tornar a aula mais atrativa", afirma o secretário da Educação, Alexandre Schneider.

A proposta, no entanto, é criticada pelo professor aposentado do Departamento de Ciência da Computação da USP, Valdemar Setzer. Para ele, o uso de computadores em sala não é o meio mais adequado de estimular o desenvolvimento dos alunos.

"O computador padroniza as atividades e cada aluno tem uma necessidade diferente. Além disso, é preciso desenvolver com esses estudantes a capacidade de concentração e a internet é dispersiva. Os pequenos têm que ser incentivados a gostar de livro", afirma.

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Ujeverson Tavares Sampaio
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Ministro da educação defende distribuição de tablets para professores

Folha.com, 06/02/2012
Mercadante defende distribuição de tablets para professores
RENATO MACHADO DE BRASÍLIA
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, rebateu nesta segunda-feira as críticas contra o programa que prevê a distribuição de tablets para professores de ensino médio. Mercadante também afirmou que existe uma "tutela conservadora" contra a proposta de usar novas tecnologias no ensino. Na semana passada, o ministro anunciou a distribuição de 600 mil tablets até o fim do ano para professores de ensino médio da rede pública. Também serão entregues 78 mil projetores multimídias, para que os professores possam exibir aos alunos o conteúdo didático que será preparado nos tablets. O anúncio veio dois dias após a Folha mostrar que o MEC estava em fase de conclusão de uma licitação para a compra de 900 mil equipamentos. Inicialmente, o ministério afirmou que ficaria com apenas um terço dos tablets, que seriam distribuídos para os alunos da rede pública. O MEC também havia informado que o plano pedagógico seria criado na prática, com a formação de núcleos nas escolas para estudar a utilização do novo equipamentos. A falta de uma instrução pedagógica clara resultou em uma série de críticas à compra dos tablets.

O plano apresentado depois pelo ministro, no entanto, prevê que os equipamentos vão para os professores, que farão cursos para aprender a aplicar o equipamento no ensino. O MEC também dobrou a quantidade prevista de equipamentos que seriam adquiridos pelo governo federal. Nesta tarde, durante a cerimônia de posse da nova diretoria do Conif (Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica), Mercadante defendeu os benefícios da proposta e desferiu diversos ataques contra os críticos. "É uma coisa impressionante. Eu não sei qual é a resistência ideológica a essa discussão no Brasil. Qual é a profissão hoje importante que não usa tecnologia da informação?", indagou o ministro em seu discurso. "Há uma certa tutela conservadora
indefensável. E esse é um debate que nós faremos durante este ano e a história vai demonstrar quem é que tinha razão", completou. Mercadante detalhou a proposta afirmando que há aproximadamente 15 mil aulas prontas no Portal do Professor do MEC, que poderão ser usadas através dos tablets. O ministro também disse que os professores terão acesso às publicações nacionais pelo equipamentos e também a conteúdo traduzido da Khan Academy, organização não governamental que distribui aulas de física, matemática, biologia e química. "Aprender com o computador e com o tablet é parte do esforço da escola. Quanto mais rápido o Brasil aprender a usar essa tecnologia, tanto mais nós nos prepararemos para a sociedade do conhecimento", disse o ministro que depois fez novo ataque aos críticos. "É mais ou menos como os saudosistas da régua de cálculo achar que nós não deveríamos avançar em relação à calculadora".


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Ujeverson Tavares Sampaio
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06/02/2012

Tablets para professores

Estado de Minas, 06/02/2012 - Belo Horizonte MG
Tablets para professores
Medida é bem-vinda, mas será inócua sem o preparo dos docentes
Editorial
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, não esperou nem mesmo a montagem da equipe com a qual vai trabalhar e anunciou quinta-feira sua primeira ação à frente da pasta. Quer distribuir ainda no primeiro semestre 600 mil tablets a professores da rede pública urbana de ensino médio, número suficiente para atender a todos os docentes desse nível. A licitação para a compra dos aparelhos ainda depende de análises técnicas das propostas vencedoras, mas o ministro já pensa em fazer a mesma distribuição aos professores do ensino fundamental logo em seguida. Distribuir tablets aos professores da rede pública constitui passo importante mas não suficiente. A inclusão digital é, sem dúvida, uma das urgências nacionais. Sem domínio das novas tecnologias, a pessoa fica à margem da modernidade — privada de informações e de oportunidades no mercado de trabalho.

O assunto ganhou tal relevo que se criou o termo analfabeto digital em analogia ao analfabeto funcional.
Este, apesar de alfabetizado, é incapaz de ler e escrever textos simples. Aquele, apesar de dominar o código linguístico nas duas modalidades, não tem condições de navegar na internet nem de se beneficiar dos recursos que a rede mundial de computadores proporciona. Prover as escolas dos modernos recursos tecnológicos é o caminho para sintonizar a nova geração com o novo paradigma que se impõe. Mas, embora essencial, deve ser acompanhado de outras medidas. Uma delas é a qualificação dos professores. Experiências comprovam que existem resistências no corpo docente. Sobretudo os profissionais mais velhos — acostumados à didática tantas vezes repetida — ignoram a necessidade dos avanços. Preferem manter o certo a apostar no duvidoso. O resultado, surpreendente no primeiro momento, mostrou-se coerente. A meninada não progrediu no uso dos novos recursos. Impõe-se, pois, qualificar os mestres. Não significa apenas ensiná-los a ligar, desligar e acessar esse ou aquele conteúdo predeterminado. Significa familiarizá-los de tal forma com a novidade que a internet venha a se tornar indispensável instrumento para responder a questões, suscitar perguntas e satisfazer curiosidades.

Outra providência é o material didático. Escolas da rede privada têm adotado o tablet como substituto do livro impresso. Em vez de ler no papel, o estudante lê na tela o mesmo texto. Seria forma de poupar crianças e adolescentes de carregar pesadas mochilas. Convenhamos: sem modernizar o sistema, fica-se no faz de conta — muda-se para ficar na mesma. Encontrar respostas novas e criativas desafia o mundo desenvolvido e subdesenvolvido. A era digital põe em xeque o modelo de escola vigente. Crianças sentadas uma atrás da outra, currículo único, professor expositor, material didático, avaliação de conteúdo determinado — tudo precisa ser revisto. Novo paradigma se impõe. Sem ele, o tablet e outros recursos eletrônicos serão mais do mesmo.


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Ujeverson Tavares Sampaio
Professor de Matemática
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02/02/2012

Redes sociais, as novas parceiras de estudo


O Globo, 23/01/2012 - Rio de Janeiro RJ 
Redes sociais, as novas parceiras de estudo 
Escolas usam Facebook e até criam sites próprios para conectar alunos e professores 
Leonardo Cazes / Rodrigo Gomes
RIO - Twitter e Facebook costumam ser considerados inimigos dos estudos por muita gente. Mas algumas escolas já estão se rendendo às redes sociais e as usando como aliadas na preparação dos estudantes e na comunicação entre alunos e professores. A Escola Parque, na Gávea, desenvolveu, no início do ano passado, a EP2, uma rede social interna semelhante ao Facebook. O projeto foi criado dentro da plataforma Ning, que permite a qualquer um customizar uma rede de acordo com suas necessidades. Na EP2, estudantes a partir do 6 ano podem escrever em seus murais, enviar mensagens diretas e participar de grupos de interesses específicos. O espaço virtual é coabitado por alunos e professores. O coordenador do segundo segmento do ensino fundamental da escola, Giocondo Magalhães, explica que a ideia é educar os mais novos para as possibilidades de uso e também sobre os perigos das redes. Além de ser mais um espaço de difusão do conteúdo das disciplinas e dos trabalhos escolares. 

— Ninguém ensina para eles como atuar nos meios digitais. O que a gente tenta é ajudá-los a tirar um uso pedagógico disso. Já acontecia de um professor colocar conteúdo sobre a disciplina no Facebook, como um vídeo do YouTube. Nossa ideia foi trazer essas experiências para um ambiente seguro, que fosse uma extensão virtual da escola. Além de não ter a limitação de idade de redes como o Facebook (que só aceita usuários maiores de 13 anos, o que é largamente burlado) — afirma o professor. Professores ficam alertas para evitar cyberbullying - Os estudantes tiveram voz ativa na criação da EP2, apontando os recursos que julgavam mais importantes. E a participação rendeu frutos, pois os alunos abraçaram a ideia. Eles contam que, na rede, compartilham fotos e vídeos, além de usar a ferramenta de bate-papo e, principalmente, tirar dúvidas com professores. — Uso bastante a EP2 para falar com os professores. Eles tiram dúvidas das matérias, é muito bom. Parece que eles ficam lá o dia inteiro, sempre estão on-line — conta Tamara Castorino, de 12 anos, que vai começar o 8 ano. O
coordenador afirma que os estudantes têm liberdade para postar e criar grupos de acordo com seu interesse. Na rede, é possível encontrar alguns dedicados a ídolos adolescentes, como Justin Bieber, e a times de futebol, como o Botafogo. Contudo, ele diz que há uma supervisão para evitar qualquer tipo de cyberbullying. — Há uma questão de ética nas redes que a gente trabalha com eles. Ali, estão valendo os mesmos valores da escola. Discutimos com eles tudo ligado à discriminação e continuamos de olho para evitá-la — diz. 

No Colégio Palas, no Recreio, a vontade da integração resultou na criação de um grupo no Facebook da turma do 3 ano do ensino médio, exclusivo para para alunos e professores da escola. Foi lá que eles passaram o ano passado trocando informações sobre datas de inscrição em vestibulares, resultado de provas do colégio e de seleções da universidades Além de tirar dúvidas das lições de casa e postarem vídeos e reportagens sobre os assuntos que viram em sala de aula. — Os estudantes usam muito e há professores engajados também. A gente valoriza, mas $ão prioriza. Eles estudam com o grupo, vão trocando informações entre si. E dessa maneira funciona. Além disso, tem um fator motivacional também: um dá força para o outro o tempo todo — afirma Célia Regina, coordenadora da escola. A professora Eloiza Gomes de Oliveira, da Faculdade Educação da Uerj, e pesquisadora do uso das redes sociais na educação, é a favor da escola usá-las como ferramentas pedagógicas. Mas alerta que é preciso seguir alguns passos para que o projeto dê certo e conte com a efetiva participação dos estudantes. 

— As redes são um espaço de liberdade para os adolescentes, são um lugar para eles se expressarem. Quando a escola entra, não é a mesma coisa. Os alunos temem ser policiados, então é preciso ser muito transparente na relação. É preciso garantir a autonomia $estudante para que a dinâmica possa acontecer. O professor dá o pontapé inicial, mas não pode engessar a experiência — defende ela,
que descarta a possibilidade de o uso das redes sociais provocar distração. — Quando eles fazem um trabalho em grupo, não estudam o tempo inteiro. Eles conversam, jogam. Isso não é uma coisa da internet, é natural do próprio jovem. Grandes grupos internacionais de educação, voltados principalmente para cursos de inglês e preparatórios para a universidade, também miram no chamado "social learning". O conceito pretende levar interatividade e a colaboração, base da chamada web 2.0, para o centro do processo de aprendizado. A EmbassyCES, braço de idiomas do Study Group, montou o portal Study Smart. Nele, o foco é no aprendizado do aluno fora de sala de aula. Estão disponíveis exercícios interativos e o plano de aula para cada semana. Assim, o estudante pode acompanhar o seu progresso e até acelerar sua troca de nível. A Study Smart aposta também na interatividade: os próprios estudantes criam glossário de termos para as unidades do livro e ainda podem fazer grupos de estudo em salas de bate-papo. 

Já a Kaplan International lançou em 2011 um projeto piloto, o Student Portal, implantado em uma escola em Londres e outra em Sydney, na Austrália. O formato é bem parecido com o do Facebook, com timeline, chat e mensagens privadas. Por enquanto, ele é usado principalmente por estudantes estrangeiros que ainda vão chegar aos cursos e aproveitam para se conhecer melhor. Há uma seção também que permite se inscrever nos passeios oferecidos pela escola no seu tempo livre, como idas a partidas de futebol ou museus. A ideia é, no futuro, integrar totalmente a rede social à plataforma de ensino virtual já existente. Atualmente, a conexão é feita apenas através de um blog. Para o diretor-geral da Kaplan no Reino Unido e Irlanda, Erez Tocker, a proposta é aproveitar o tempo que os jovens já passam conectados. — Eles passam muito tempo conectados, especialmente no Facebook. Então, a ideia é que o portal seja o nosso próprio Facebook e que eles passem mais tempo lá. Não podemos virar às costas para o que já está acontecendo — argumenta Tocker.
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Ujeverson Tavares Sampaio
Professor de Matemática
Secretaria da Educação de Goiás e Colégio Interativa.
Analista Pedagógico e Metodológico

LOGOS - SISTEMA DE EDUCAÇÃO

Pedagogia moderna

Estado de Minas, 01/02/2012 - Belo Horizonte MG 
Pedagogia moderna 
O advento do mundo virtual leva o professor a se adaptar à demanda de hoje 
Leandro da Silva - Professor de história pela Universidade Gama Filho/RJ
A pedagogia moderna possibilita aos profissionais de educação inúmeras ferramentas que dinamizam o ensino e consequentemente o aprendizado. A melhor forma de trabalhar com o conteúdo de história é adequá-lo de maneira que os conflitos práticos e teóricos sejam minimizados para uma melhor compreensão por parte do aluno, que é o principal beneficiado. A ideia precípua é estabelecer um clima harmônico entre o quarteto responsável pelo equilíbrio das forças da educação: família, escola, aluno e professor. Quando essas quatro esferas compreendem que sozinhas são apenas reflexos de um todo, logo conseguem lograr êxito na tarefa. Educar é uma arte prazerosa, mas árdua para o educador. A probabilidade de êxito das propostas almejadas é muito maior, e infinitamente menor é o trabalho, que logo é compreendido quando o resultado final apresenta bons ou ótimos objetivos previamente planejados. Hoje em dia, depois do advento do mundo virtual, internet, e-mail etc, uma gama de caminhos foi aberta para que o professor procure adaptar o seu conteúdo e todas as suas propostas à realidade que hoje permeia a maioria das escolas, quer seja pública ou privada. 

É imprescindível que a concepção de educação adotada esteja adequada às nuances do mundo virtual, sem que para isso o professor se omita do seu papel de orientador. O professor pode e deve muito bem não abdicar das convicções educacionais, desde que elas estejam concatenadas com a realidade social que o cerca. O professor necessita constantemente se reciclar. Infelizmente, essa reciclagem é fundamental para a manutenção, inclusive das suas convicções, que também devem ser revistas para que no resultado final seja colhido o fruto do conhecimento – principalmente quando nos referimos à disciplina história – algo além do conteúdo, a reflexão sobre a realidade presente no dia a dia. 

Inúmeros são os autores consagrados na área da pedagogia, que devem ser sempre lembrados
e, na medida do possível, que os seus preceitos e estudos sirvam de ponto de partida para outros que também devem ser lidos, adotados ou não pelo professor de história. O mais importante é que toda atividade educacional seja inclusiva sempre. A exclusão em um país com as características do Brasil é por demais nociva para as classes menos favorecidas, que veem na escola ainda a imagem do repressor, que está ali para sabatinar, criticar sem ao menos pensar na realidade social da qual o aluno é oriundo. A escola nunca deve ser a priori um espaço cultivador ou motivador de violência física, moral, emocional. Deve sim, com o professor, acolher o aluno da melhor forma, incluindo o ser humano ao acesso do saber do conhecimento científico. Essa deve ser a máxima escolar – construir verdadeiramente o futuro do cidadão, tornando-o um vetor de coisas boas para a sociedade, não um ser alienado, mas um cidadão consciente dos seus direitos e deveres.

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Ujeverson Tavares Sampaio
Professor de Matemática
Secretaria da Educação de Goiás e Colégio Interativa.
Analista Pedagógico e Metodológico

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