MAURO ANCHIETA - G1 Globo.com - 29/05/2012 - São Paulo, SP
Na Bahia, centenas de milhares de alunos estão em casa naquele que deveria ser o período escolar. Nesta terça-feira (29), professores das escolas particulares aderiram à paralisação que atinge a rede pública.
A greve nas escolas públicas baianas completou 49 dias. Os professores querem 22% de reajuste. Uma lei aprovada na Assembleia Legislativa concedeu esse aumento apenas aos que ganhavam abaixo do piso nacional, de R$ 1.451. Os demais receberam um aumento menor, de 6,5%. O governo diz que não tem como pagar mais.
`Isso é inviável do ponto de vista do orçamento público, das finanças, da Lei de Responsabilidade Fiscal. Agora, nós estamos cumprindo a lei` afirmou o secretário de Educação Osvaldo Barreto.
O impasse deixa mais de um milhão de estudantes sem aulas. O calendário escolar da rede estadual tem 200 dias e a paralisação dos professores já dura o equivalente a um quarto desse período. Quanto mais a greve se arrasta, maior é a preocupação dos alunos e dos pais de que o ano letivo seja comprometido.
Para não interromper os estudos, a estudante Kamila Lima decidiu pagar um cursinho pré-vestibular.
`Estou tendo que recorrer a meios particulares para poder, pelo menos, passar no vestibular`, conta.
Nesta terça-feira (29), em Salvador, os professores da rede particular também entraram em greve. Eles pedem 14,8% de reajuste. Os donos das escolas oferecem 5,5%. As atividades foram mantidas, apenas, para os alunos do terceiro ano do Ensino Médio.
`A gente teria que ter reposição de aula e tudo mais, e ficaria bastante complicado a gente correr atrás de tudo, e prejudicaria a gente no vestibular, bastante`, diz um aluno.
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Professor de Matemática
Secretaria da Educação de Goiás e Colégio Interativa.
Revisor Pedagógico e Metodológico
LOGOS - SISTEMA DE EDUCAÇÃO
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