Gilberto Dimenstein - Folha de São Paulo - 05/05/2012 - São Paulo, SP
Na sexta-feira passada, tive um encontro educacional inesquecível em São Paulo com um grupo de jovens. Na pequena sala, lotada, eu ouvi a história de excepcionais ex-alunos, muitos deles campeões em olimpíadas de conhecimentos. A maioria formada no ITA, alguns com passagens pelas melhores universidades americanas. Contavam por que decidiram deixar seus empregos promissores em estabelecidas empresas para se dedicar a uma tarefa naquela sala apertada, quase claustrofóbica: ganhar dinheiro e, ao mesmo tempo, melhorar a educação no Brasil.
Eles estão um inventando um projeto digital, batizado de Geekie, em que o aluno possa aprender no seu próprio passo, recuperando os conhecimentos que, muitas vezes, nunca tiveram. É como se cada um tivesse um professor particular.
O projeto ainda está em fase de testes, desenvolvido inteiramente no Brasil, mas acompanhando a necessidade de fazer com os alunos saibam usar melhor o computador --o que ainda está para ser provado no mundo inteiro. Nada substitui o bom professor, mas quanto mais ele deixar de transmitir conteúdo e ser um gestor de curiosidades, melhor.
A Virada Educacional brasileira vai ocorrer (se ocorrer) de diversos jeitos. Um deles é quando os melhores alunos colocarem suas vidas (e seus bolsos) para produzirem bons alunos.
--
Professor de Matemática
Secretaria da Educação de Goiás e Colégio Interativa.
Analista Pedagógico e Metodológico
LOGOS - SISTEMA DE EDUCAÇÃO
Nenhum comentário:
Postar um comentário