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03/12/2012

ENSINO DE MATEMÁTICA, FÍSICA E QUÍMICA

Intel alerta para falta de talentos

ANGELA CHAGAS - TERRA EDUCAÇÃO - 29/11/2012 - SÃO PAULO, SP

Uma das causas da dificuldade em se encontrar talentos para trabalhar com a tecnologia no Brasil está no modelo de ensino adotado no País. Essa é a visão da diretora de responsabilidade social da Intel para a América Latina, Rosângela Melatto, que participou nesta quinta-feira de uma conferência sobre os desafios da educação, em Porto Alegre (RS). Segundo ela, as escolas só ensinam para passar no vestibular.

`As carreiras técnicas vão exigir, dentro das competências do ensino fundamental e médio, muito conhecimento de matemática, física e química, justamente as matérias que estão cada vez mais esquecidas pelo ensino público e até mesmo pelo privado. Hoje se aprende apenas o suficiente para passar de ano, para ser aprovado no vestibular, mas não se aprende para se apaixonar. O professor não ensina com experimentos, apenas decorando fórmulas, e tudo isso é muito chato`, disse a executiva em entrevista ao Terra.

Rosângela defende a capacitação dos educadores para lidar com as novas tecnologias como uma forma de deixar as aulas mais atrativas. `Com essa juventude do século 21 olhando para coisas que são mais experimentais, o que acontece quando você vai lá ensinar matemática física e química do jeito tradicional? Ninguém se interessa. Os professores precisam usar uma metodologia de ensino que seja mais atraente, e isso passa pelas tecnologias`, defende.

Para a executiva, quem faz a `mágica` do aprendizado é o professor, e não a tecnologia. Mas para isso ela argumenta que o educador precisa saber lidar com as novas tecnologias. `O aluno `dá um Google` e aparecem várias respostas. Aí entra o professor para mostrar quais são as corretas. Esse professor vai estar mais preparado para ensinar de forma divertida`.

Ela ainda falou sobre a dificuldade enfrentada pela Intel para encontrar profissionais capacitados no Brasil, principalmente entre as mulheres. `Muitas famílias quando têm a oportunidade de educar alguém, mandar para a universidade, escolhem o filho homem. A mulher nesse aspecto ainda é preterida da própria educação. Criou-se também um tabu que mulher não é boa para a carreira da tecnologia, não é boa para a matemática. Mulher pode ser professora, pedagoga, mas não uma engenheira`, afirma.

A executiva, formada em engenharia química, disse que mudar esse preconceito com as mulheres requer uma ação coletiva, que envolva as empresas, os governos e principalmente as escolas. `Na escola acho que o importante é não preterir as meninas de estarem gostando de matemática, por exemplo. É muito normal achar que menino deve gostar de matemática, mas menina não. Esses tabus precisam acabar`.

Rosângela Melatto palestrou nesta tarde para mais de 1 mil estudantes e professores reunidos no centro de eventos da Fiergs, em Porto Alegre, durante a segunda edição do TEDx Unisinos, uma conferência promovida pela Universidade do Vale do Sinos (Unisinos) para discutir ideias para melhorar a educação.


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Assessor Pedagógico
Consultor Pedagógico
Capacitação, revisão pedagógica e metodológica


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