Google+ SUPER MATEMÁTICA - PROF. UJEVERSON: março 2011

28/03/2011

Gladiador - Sucesso

O PAPEL DO PROFESSOR E AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

O PAPEL DO PROFESSOR E AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO[i]
Ujeverson Tavares Sampaio[ii]
Quando discutimos prática pedagógica, a questão da utilização dos materiais didáticos é extremamente pertinente. Afinal, todo professor reconhece a importância do material adequado para cada aprendizagem. O material, por vezes, representa o diferencial entre a atividade monótona e sem sentido e outra interessante e significativa para o aluno. No uso das linguagens da TV e do vídeo, por exemplo, deve-se haver um cuidado especial, pois ao planejar situações de aprendizagem, cabe ao professor selecionar o material e dimensionar seu uso. Será usada para motivação inicial? Para registro? Para testagem de hipóteses? Em suma, múltiplos materiais representam múltiplas possibilidades.
A perspectiva de utilização da televisão e do vídeo na sala de aula não pode ser nunca a de se “ganhar tempo” ou a de preencher espaços vazios em virtude da ausência do professor e sem um objetivo pedagógico definido previamente. As tecnologias educacionais, até mesmo pelo alto grau de envolvimento emocional e cognitivo que acarretam, devem ser formas estimuladoras de se relacionar com o conhecimento e, para isso, precisam ser adequadas ao assunto que se quer ensinar e, principalmente, aos alunos. (VEIGA, 2003, p.137)
Muitos professores se deixam seduzir pelas possibilidades dessas tecnologias, de educação, e esquecem que elas devem ser usadas com um propósito educacional. Não se trata de substituição do quadro negro e giz por transparências ou apresentações mal construídas em power point com o uso de computador ou de um datashow. As novas tecnologias, quando bem utilizadas, preparam educadores para não se deixarem manipular pelos meios, aumentam a autonomia, ampliam as possibilidades de aprendizagem e rompem as fronteiras do saber.
As técnicas precisam ser escolhidas de acordo com o que se pretende que os alunos aprendam. Como o processo de aprendizagem abrange o desenvolvimento intelectual, afetivo, o desenvolvimento de competências e de atitudes, pode-se deduzir que a tecnologia a ser usada deverá ser variada e adequada a esses objetivos. Não podemos ter esperança de que uma ou duas técnicas, repetidas à exaustão, dêem conta de incentivar e encaminhar toda a aprendizagem esperada. (MASETTO, 2005, p.143)

Grande parte dos professores formados em cursos onde a dicotomia teoria/prática e ensino/pesquisa era a tônica, tem dificuldade para refletir, confrontar e reformular suas práticas pedagógicas. O uso de tecnologia adequada ao processo de aprendizagem e variada para motivar o aluno não era tão comum, e que os novos professores, ao ministrarem suas aulas, praticamente copiam o modo, a concepção conteudista, tecnicista e o comportamento de alguns de seus professores de faculdade, dando aula expositiva, reduzindo-se a um prático e não um educador (MASETTO, 2005, p.135).
A natureza de nossa atividade é empregada de valores e subjetividades, de imprevistos e incertezas. Não se trata de ignorar as novas tecnologias, mas admitir que elas existam e estão ai para serem utilizadas. Não devemos, porém, pregar o amadorismo, a cristalização, o descompromisso. “A cultura profissional do docente caracteriza-se por forte ceticismo diante das inovações” (TEDESCO 1998 apud. ABORDAGEM METODOLÓGICA 2005, p.20).
Para desempenhar de modo competente seu papel de formador de cidadãos plenos, o professor precisa ter oportunidade de somar a sua própria formação inicial um constante investimento em atualização que proporcione uma base ao exercício da atividade docente.
Não é possível pensar na prática docente sem pensar, na pessoa do professor e em sua formação que, não se dá apenas durante o seu percurso nos cursos de formação de professores mas, durante todo o seu caminho profissional, dentro e fora da sala de aula (...) é preciso que este profissional tenha tempo e oportunidades de familiarização com as novas tecnologias educativas, suas possibilidades e limites para que, na prática, faça escolhas conscientes sobre o uso das formas mais adequadas ao ensino de um determinado tipo de conhecimento, em um determinado nível de complexidade, para um grupo específico de alunos e no tempo disponível. (KENSKI, 2006).
O professor, então, se caracteriza como uma presença solidária e interativa, possibilitando o relacionamento entre os alunos, como alguém que favorece que o “eu” se integre e se comunique, formando o “nós”.
O professor que tem uma proposta pedagógica não linear, aberta, e tem como propósito a utilização das novas tecnologias para a interação e a participação dos alunos, pode utilizar algumas ferramentas simples da internet como a criação de pagina pessoal, criação de chats e fóruns de discussões. A interatividade traz uma verdadeira revolução para a sala de aula, rompendo com o paradigma em que um emite mensagens e o outro só recebe e reproduz.
É bem verdade que as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação é algo importante para a pratica do ensino, mas não devemos esquecer que também é um instrumento de exclusão social.
É importante para a prática de ensino, pois vem ao encontro das necessidades sociais de um mundo globalizado, que a principio chegaram a cogitar que os instrumentos tecnológicos iriam substituir o papel do professor, pensamento refutado pela prática diária e a necessidade do homem de fazer e responder perguntas inerentes ao fazer, do conviver e evoluir que permanece centrado apenas no homem e não no objeto tecnológico. Ainda assim, é necessário que a educação esteja se apropriando das produções tecnológicas, tendo-as como instrumentos pedagógicos para a prática do ensino aprendizado. Não esquecendo que as instituições educacionais também produzem tecnologia, embora limitada.
A tecnologia é um instrumento de exclusão social quando professores e alunos em pleno século XXI, ainda não possuem condições financeiras ou não possuem o conhecimento necessário para poder estar em igualdade, de condições, com outras pessoas, de diferentes países e de diferentes classes sociais.
Desta forma, acredito que as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino Superior, além de ser instrumento pedagógico, também deve ser um instrumento de inclusão social. Isto envolve a atuação política do educador socialmente responsável.



[i] Texto modificado de: Artigo apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina de Novas Tecnologias de Informação e Comunicação e Ensino Superior, para obtenção do título de especialista em Docência Universitária, pela Faculdade de Goiás – FAGO. Dezembro de 2007.

[ii] Especialista em Docência Universitária, pela Faculdade de Goiás – FAGO. Graduado em Licenciatura Plena em Matemática pela Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO. ujeverson@gmail.com

Encontro de Formação Continuada no Colégio Estadual Alfredo Nasser- Uruaçu GO


AVALIAÇÃO NA ÁREA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA, MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
Prof. Ujeverson Tavares Sampaio[i]
Considerando que a avaliação, de uma forma geral, necessita ser repensada e refletida, pelo fato dos saberes e dos valores sociais estarem em permanente mutação, o modelo de avaliação necessita estar em sintonia com este novo tempo, respeitando as características especificas de cada cidadão/professor, sem perder de vista a coletividade.
A importância das Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias (MATEMÁTICA, FÍSICA, QUÍMICA e BIOLOGIA) em uma sociedade cada vez mais permeada pela ciência e pela tecnologia não podem ser subestimadas.
Em sua atuação como membro da sociedade, o cidadão precisa utilizar diversos conceitos e procedimentos das ciências, para controlar seu orçamento domestico, para compreender sobre saúde coletiva, avaliação dos avanços dos medicamentos e dos produtos alimentares, para se localizar, para localizar seu tempo e suas tarefas, dentre outras ações do dia-a-dia.
Um dos desafios dos professores Ciências da Natureza é habilitar seus alunos a compreender as noções básicas desta área, de forma a exercer e aprender a utilizar os conceitos e procedimentos acima citados, com consciência e ética e possibilitar de fato a inserção dos mesmos como cidadão interagindo, no mundo do trabalho, das relações sociais e culturais. Compreendendo a realidade em que está inserido, desenvolvendo sua capacidade cognitiva e sua confiança para enfrentar desafios de modo a ampliar os recursos necessários para o exercício da cidadania ao longo de seu processo de aprendizagem; analisando informações relevantes do ponto de vista do conhecimento e estabelecer o maior número de relações entre elas, fazendo uso do conhecimento matemático para interpretá-lo e avaliá-los criticamente.
Assim os instrumentos de avaliação devem propor situações que exijam do aluno à mobilização de competências, desafiando-os a agir de modo criativo em diferentes situações contextualizadas.
A interdisciplinaridade entendida a partir da resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE), tem como pressuposto o fato de que todo conhecimento mantém um diálogo permanente com outros conhecimentos e sugere o aproveitamento das necessidades dos alunos e professores de explicar, compreender, intervir, mudar e prever, utilizando as múltiplas contribuições dos diferentes saberes escolares, de maneira a permitir aos discentes e docentes uma compreensão mais ampla da realidade.



[i] Especialista em Docência Universitária, pela Faculdade de Goiás – FAGO. Graduado em Licenciatura plena em Matemática pela Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO. ujeverson@gmail.com