11/12/2017
05/12/2017
30/11/2017
Profissional do futuro precisa equilibrar tecnologia e relações interpessoais
Conhecimento técnico da faculdade deve ser combinado com habilidades sociais
Quem se prepara para entrar no Ensino Superior ou já está no curso, além da pressão dos estudos, também já começa a se preparar para enfrentar o mercado de trabalho. Mas como será o profissional do futuro?
Para o professor do Grupo Etapa, Marcelo Dias Carvalho, é fundamental se manter atualizado por meio de cursos extras ou de forma autodidata. "Essa é uma exigência para todo profissional independentemente da área em que irá atuar", destaca Carvalho.
"O sucesso será determinado não só pelo conhecimento técnico, mas também pela postura do profissional. Quanto mais flexível em sua área de atuação, maior o número de oportunidades e as chances de reconhecimento`, afirma Carvalho.
Além do conhecimento técnico
Durante a faculdade é muito comum que estudantes foquem nos conteúdos e procurem se desenvolver neles por meio de provas e trabalhos. Carvalho reconhece a importância disso, mas ressalta que é necessário também não deixar de lado outras habilidades. Ele destaca que existem as chamadas hard skills (habilidades técnicas) e as soft skills (habilidades comportamentais e sociais), e que é preciso dar atenção para ambas.
As primeiras já são desenvolvidas no âmbito acadêmico e envolvem os conhecimentos técnicos. Já as soft skills são mais difíceis de se ensinar. É o caso da inteligência emocional, bastante valorizada hoje em dia. "É você saber identificar o que as outras pessoas estão sentindo para tomar as melhores decisões", resume. Ele destaca que isso facilita a liderança de equipes. A criatividade é outra habilidade que muitos deixam de lado, mas que faz diferença no mercado de trabalho, pois permite sair da zona de conforto e facilita a resolução de problemas complexos.
Empreendedorismo
Já explorado no ambiente acadêmico, o empreendedorismo também está cada vez mais em evidência. Durante o curso, os alunos podem se preparar para a possibilidade de empreenderem no futuro, mesmo que essa não seja a ideia inicial. Ter conhecimento prévio sobre como elaborar um plano de negócios, reconhecer oportunidades e os riscos de um projeto faz diferença. "Com isso, o jovem estará preparado para identificar uma oportunidade e, se for o caso, empreender com mais segurança", ressalta Carvalho.
A vida acadêmica também pode ajudar a preparar o futuro profissional para o trabalho home office. "As tecnologias ajudam nisso, mas o trabalho à distância envolve disciplina e organização, características que podem ser desenvolvidas durante a graduação", comenta Carvalho.
Bom uso da tecnologia
Com a facilidade que hoje o mundo virtual proporciona para o relacionamento das pessoas à distância, muitos podem achar que manter contato profissional por meio do computador é suficiente. Mas o professor ressalta que, sempre que possível, a tecnologia não deve substituir o contato pessoal. Para Carvalho, o networking feito pessoalmente, utilizando as diferentes formas de comunicação, é uma importante ferramenta de persuasão profissional que não deve ser deixada de lado.
16/11/2017
19/10/2017
Professor terá residência e vaga no Prouni
DA REDAÇÃO - O TEMPO – 19/10/2017 – BELO HORIZONTE, MG
Em razão do alto índice de docentes sem formação adequada no Brasil, o Ministério da Educação (MEC) anunciou a Política Nacional de Formação de Professores. Entre as medidas a serem implantadas está o preenchimento, a partir de 2018, de 20 mil vagas ociosas em cursos de licenciatura oferecidas por meio do Prouni, que dá bolsas em instituições de ensino superior privada.
Com esse objetivo, serão aceitos candidatos que tenham renda maior do que a permitida para ingressar no programa. Outra ação é o "Programa de Residência Pedagógica", com 80 mil vagas em 2018 para alunos de cursos de licenciatura fazerem estágio em escolas de educação básica.
Também está previsto destinar 75% das novas vagas da Universidade Aberta do Brasil (UAB), que oferece cursos à distância, para a formação de professores. Cursos de mestrado para professores da rede de educação básica, cursos de especialização em educação infantil e cooperação internacional também estão entre as medidas anunciadas.
"Para induzir a formação docente, vamos ampliar os benefícios tanto para a segunda licenciatura, como para a formação inicial, flexibilizando a legislação atual para preencher as vagas ociosas (no Prouni)", disse secretária executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Castro.
De acordo com ela, apenas 60% dos professores de língua portuguesa e 50% dos de matemática têm licenciatura nas suas disciplinas. A consequência, segundo ela, já é conhecida: resultados insatisfatórios nas avaliações nacionais e internacionais.
04/10/2017
Oito dicas para tirar 1.000 na redação por quem já conseguiu
POR O GLOBO - O GLOBO – 04/10/2017 – RIO DE JANEIRO, RJ
Desde quando o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) passou a utilizar a Teoria de Respostas ao Item (TRI), os candidatos perderam o gostinho de dizer que tiraram a nota máxima em uma prova das áreas de conhecimento, a pontuação 1.000. Mas, a redação sacia essa vontade - ainda que para poucos. Para ajudar os estudantes que almejam estar onde somente 71 estiveram no ano passado, O GLOBO entrevistou duas alunas que tiraram 1.000 na redação para darem dicas.
Desiree Abbade, de 18 anos, atualmente estuda Medicina na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mas este grande sonho só foi conquistado após muita dedicação.
- Quando comecei a estudar, as minhas notas de redação não estavam altas. Decidi fazer dois textos por semana. Ia até a monitoria que tinha no colégio e pedia para corrigirem a minha redação. Eu ficava do lado vendo o que tinha errado e perguntando como podia melhorar - lembra Desirre, que estudou no Colégio de A a Z, da Barra da Tijuca.
A nota cresceu, mas nem tanto quanto ela esperava. A solução foi, novamente, procurar orientação.
- Teve um momento em que comecei a só tirar notas perto dos 800, mas não passava de 900. Perguntei a um professor o que podia fazer para melhorar. Ele me falou para ser mais direta e desenvolver mais claramente minha proposta de intervenção. Quando fiz o Enem, achei que tinha ido bem, mas não achava que seria tanto
Já Sophia Martinelli, que também atingiu a pontuação máxima na prova, afirma que é necessário ter conhecimento sobre diferentes dados e autores, mas que o uso exaustivo deles pode ser prejudicial.
- Na edição de 2015, eu fiz a prova que falava de feminicídio. Eu sabia muitos dados e quis utilizá-los ao máximo. Isso acabou me atrapalhando. Não fui clara no texto. No ano seguinte, aprendi a lição e não me precipitei - conta Sophia.
Tal como Desiree, o treino foi fundamental para ela.
- Eu me preparei durante o ano todo, mas nada exagerado. Fazia textos duas vezes por semana, às vezes uma. - afirma Sophia que inicialmente levou um susto negativo quando foi ver sua nota na prova - Abri o site e vi aquele bando de zero. Achei que tinha zerado a redação, desviado do tema... Só depois entendi que eu tinha tirado 1000.
AS DICAS DE QUEM JÁ TIROU 1.000
1- Simplificar o texto e ser mais direto nos argumentos
2- Deslocar o conectivo de conclusão, não o colocar no início.
3- Variar conectivos para não ficar repetitivo
4- Ler redações de outros candidatos que tiraram notas boas
5- Ao estudar, começar com redação para não fazer já com cansaço
6- É necessário ter várias referências, tanto históricas quanto culturais e buscar intertextualidade
7- Se tiver alguém para corrigir, assista a correção do lado para ver os seus erros
8- Fazer um roteiro da escrita para se guiar durante a escrita
20/09/2017
Vai fazer o Enem? Jornalista indica autores que podem cair na prova
Semanalmente, o GLOBO publica um vídeo com um de seus repórteres explicando um assunto que pode cair na avaliação que ocorre em novembro. A primeira foi sobre Terrorismo, com o editor-assistente de Mundo, Flávio Lino.
07/08/2017
Mais de 70% dos alunos do ensino médio usam celular nas atividades escolares
FLÁVIA ALBUQUERQUE - AGÊNCIA BRASIL – 03/08/2017 – BRASÍLIA, DF
Uma pesquisa feita pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) revelou que 52% dos alunos de escolas com turmas de 5º e do 9º anos do ensino fundamental e do 2º ano do ensino médio, localizadas em áreas urbanas, usaram telefones celulares em atividades escolares no ano passado. Entre os estudantes do ensino médio, o percentual atingiu 74%. Segundo a pesquisa TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação) Educação 20016, 95% das escolas públicas têm ao menos um tipo de computador conectado à Internet. Entretanto, 45% dessas unidades ainda não ultrapassaram 4Mbps de velocidade de conexão à Internet e 33% têm velocidade de até 2Mbps.
A pesquisa, feita por meio do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) mostrou também que os laboratórios de informática estão presentes em 81% das escolas públicas, mas, em apenas 59%, esse espaço encontrava-se em uso em 2016, segundo os diretores. Além disso, somente 31% dos professores de escolas públicas afirmaram usar computadores no laboratório para desenvolvimento de atividades com os alunos.
"Apesar de sermos um dos primeiros países na América Latina a ter uma política de TIC na educação, a plena adoção de computadores e da internet nas rotinas de ensino e aprendizagem ainda é limitada, seja por deficiências na infraestrutura de TIC, seja por limitações na capacitação do professor", disse o gerente do Cetic.br, Alexandre Barbosa.
Os dados mostram também que 91% dos professores acessaram a internet pelo celular para uso pessoal (no levantamento anterior, em 2011, eram 15%) e 49% dos professores usuários da rede declararam usar o telefone móvel em atividades com os alunos, um crescimento de 10 pontos percentuais em relação ao ano anterior (39%). Entre os estudantes 31% disseram entrar na Internet pelo telefone celular na escola, sendo 30% entre os alunos da rede pública e 36% nas instituições privadas. O baixo uso está ligado ao fato de 92% das escolas terem rede WiFi, mas 61% não permitirem acesso aos alunos.
Quanto ao computador, 40% dos professores da rede pública disseram usar a ferramenta em sala de aula e 26% deles informaram que se conectam à internet para as atividades. Em escolas particulares, os percentuais são de 58% e 54%. "Apesar dos avanços registrados na conexão à Internet que chega às escolas, ainda existem muitos espaços educativos em que não há acesso ou esse acesso é limitado. É fundamental, portanto, a ampliação do uso da Internet nos espaços pedagógicos mais utilizados por professores e alunos, como as salas de aula, bibliotecas e salas de estudo", disse Barbosa.
Segundo o estudo, 94% dos professores disseram que o uso da informática permitiu o acesso a materiais didáticos mais diversificados ou de melhor qualidade. Além disso, grande parte dos docentes concordaram que a adoção de novos métodos de ensino (85 %) e o cumprimento de tarefas administrativas com maior facilidade (82 %) são resultado do uso das TICs. Os diretores (36%) também disseram que o desenvolvimento de novas práticas de ensino baseadas no uso de computador e internet é a ação prioritária para a integração das TICs na escola, opinião de 35% dos coordenadores pedagógicos entrevistados.
A pesquisa foi foi feita entre os meses de agosto e dezembro do ano passado em 1.106 escolas públicas e privadas, com turmas do 5º ou 9º ano do ensino fundamental e/ou 2º ano do ensino médio localizadas em áreas urbanas. Foram entrevistados 935 diretores, 922 coordenadores pedagógicos, 1.854 professores de língua portuguesa e matemática ou multidisciplinares e 11.069 alunos de 5º e 9° ano do ensino fundamental e 2° ano do ensino médio.
15/06/2017
Professor fica menos em escola mais pobre
ESTADÃO CONTEÚDO - ISABELA PALHARES E LUIZ FERNANDO TOLEDO - UOL EDUCAÇÃO - 12/06/2017 - SÃO PAULO, SP
As escolas com alunos mais pobres do país têm mais rotatividade no quadro de professores, menos alunos interessados nas vagas existentes e diretores menos experientes, com menor salário em relação a outros colégios. É o que aponta um estudo inédito produzido pela Fundação Lemann, com base em respostas dadas pelos diretores aos questionários da Prova Brasil de 2015, avaliação nacional mais recente que mede o desempenho dos colégios brasileiros.
Em 80% das escolas de nível socioeconômico (NSE) muito baixo sobram vagas de alunos depois do processo de matrícula. Do lado oposto, nas de NSE muito alto, só 13% têm sobra de vagas, segundo os diretores.
O NSE é calculado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC), com base nas informações fornecidas pelos estudantes em questionários. É dividido em sete níveis: muito baixo, baixo, médio baixo, médio, médio alto, alto e muito alto, determinados conforme a escolaridade dos pais e bens disponíveis em casa, como televisão.
Estabilidade
O estudo aponta ainda que, entre os professores, falta estabilidade: das escolas de nível muito baixo 30%, no máximo, tem 1/4 do quadro docente estável, ou seja, contratado por meio de concurso. No nível baixo, 21% das escolas têm o problema, que cai para 2% nas de nível alto ou muito alto.
Na cidade de São Paulo, as duas escolas com menor nível socioeconômico ficam no distrito de Parelheiros, no extremo sul da capital e, em ambas, a maioria dos professores não é efetiva. Na Escola Estadual Rossine Guarnieri, dos 13 docentes, apenas cinco são efetivos - 38,4% do total. Em 2016, a unidade teve uma queda no desempenho no Saresp - avaliação anual feita pelo governo estadual. A proporção de alunos do 5.º ano que tinha conhecimento considerado adequado em Português caiu de 48,5% para 39,1% e, em Matemática, de 31,3% para 27,4%.
Na Escola Estadual Professora Renata Menezes dos Santos, a proporção de efetivos é ainda menor - apenas 2 dos 22 docentes. Segundo os professores, a unidade já tinha dificuldade em atrair efetivos por ser muito longe e de difícil acesso, já que fica em um local sem rua asfaltada. A situação foi agravada depois que a unidade pegou fogo em 2014 e alunos e funcionários foram alocados em outro colégio estadual da região.
`A nossa unidade já ficava longe, são duas horas de ônibus do Terminal Santo Amaro[NA ZONA SUL], por isso não atraía muitos professores. Depois do incêndio, nos colocaram em uma escola ainda mais longe, que ficou apertada para todos os alunos e tem uma estrutura precária. As salas têm goteira e, há um mês, um pedaço do teto caiu em uma delas`, disse Amadeusa Portella, professora da escola há quase 20 anos.
Segundo Amadeusa, desde a mudança para a unidade provisória, os alunos e professores ficaram desestimulados. `Aquela era a nossa escola, nós tínhamos nossos projetos, nossos espaços e os alunos se reconheciam ali. Tínhamos até lousa digital, que foi queimada no incêndio. Perdemos tudo`, disse. O desempenho da escola no Saresp caiu de 2015 para 2016. A proporção de alunos do 5.º ano que tinha conhecimento considerado adequado em Português caiu de 55,2% para 28,2% e, em Matemática, de 49,1% para 27,6%.
Diretores
Mesmo os diretores enfrentam a desigualdade da rede. A maioria dos profissionais que atendem as escolas mais pobres (56%) está formada há, no máximo, sete anos, enquanto que nas unidades de NSE alto este porcentual é de 10%. Com relação aos salários, 49% dos diretores de escolas mais pobres recebem até R$ 2.364, ante só 7% com essa remuneração máxima no NSE alto. Outro problema apontado pelos diretores é a falta de pessoal de apoio pedagógico: 21% dos diretores das escolas mais pobres destacaram a situação, ante 8% nas mais ricas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.