Google+ SUPER MATEMÁTICA - PROF. UJEVERSON: abril 2013

25/04/2013

Sem educadores a escola é apenas um prédio


Para a Unesco, sem educadores a escola é apenas um prédio

RÁDIO ONU - PORTAL APRENDIZ - 23/04/2013 - SÃO PAULO, SP

A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) lança a Semana de Ação Global sobre Educação para Todos, que vai do dia 21 a 27 de abril. O tema da campanha deste ano da é "Toda Criança Precisa de um Professor". A Semana de Ação Global é uma campanha da sociedade civil organizada, que se mobiliza anualmente para promover o direito das crianças a uma educação de qualidade.

Entre as prioridades da Unesco estão o treinamento, seleção, status, manutenção e as condições de trabalho dos professores. Para a agência da ONU, sem educadores a escola é apenas um prédio. Ainda segundo a organização, o professor é o elemento-chave da Primeira Iniciativa de Educação Global do Secretário-Geral e também parte indispensável da agenda de desenvolvimento global pós 2015.


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Capacitação, revisão pedagógica e metodológica

17/04/2013

Prova Brasil será aplicada em dois dias

Para incluir ciências, Prova Brasil será aplicada em dois dias, diz Inep

ANA CAROLINA MORENO - G1 GLOBO.COM - 17/04/2013 - RIO DE JANEIRO, RJ
Diferentemente dos anos anteriores, a edição de 2013 da Prova Brasil será aplicada em dois dias, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O motivo é a inclusão de questões de ciências na prova, confirmada pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, na semana passada. Antes a prova acontecia em um dia e tinha apenas questões de língua portuguesa e matemática.
A assessoria de imprensa do Inep afirmou que ainda não há uma previsão de quanto a aplicação da nova prova vai custar, mas disse que a Diretoria de Avaliação da Educação Básica (Daeb) pretende finalizar o `desenvolvimento do instrumento para a avaliação` até dia 10 de maio.
A estimativa da autarquia do MEC é que a prova da matéria tenha a mesma duração dos exames de português e matemática: duas horas. `Não poderá ser superior a este tempo`, afirmou a assessoria de imprensa, em comunicado.
Outra proposição da Daeb é que a aplicação da prova com conteúdos de ciências seja censitária, e não amostral. Isso quer dizer que o mesmo público das demais provas devem fazer a de ciências.
Porém, Mercadante já afirmou que apenas os alunos do 9º ano do ensino fundamental e do 3º do ensino médio farão a prova de ciências. Os estudantes matriculados no 5º ano do ensino fundamental, portanto, só terão que responder a questões de língua portuguesa e matemática.
Ideb sem ciências
As questões da matéria não serão incluídas no cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2013. De acordo com o Inep, a introdução de ciências na Prova Brasil é uma `estratégia de calibração da matriz para poder avançar nos cálculos do Ideb para 2015`.
A Prova Brasil faz parte do Sistema de Avaliação do Ensino Básico (Saeb) e é aplicada a cada dois anos para crianças do 5º e 9º ano do fundamental e do 3º ano do ensino médio de redes públicas. Seu resultado é um dos valores usados para compor o Ideb. Até 2011, a prova avaliava o desempenho de estudantes em língua portuguesa e matemática. Com a inclusão de ciências, o sistema de avaliação se aproxima de avaliações internacionais como o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês).
Segundo o Inep, em 2011 participaram da Prova Brasil 55.924 escolas públicas. Outras 3.392 escolas públicas e particulares participaram da parte amostral do Saeb, que é definida em sorteio.

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11/04/2013

MEC vai lançar programa para incentivar formação de professores na área de exatas

YARA AQUINO - AGÊNCIA BRASIL - 10/04/2013 - BRASÍLIA, DF

Preocupado com a baixa procura por cursos superiores de licenciatura em física, química, matemática e biologia, o Ministério da Educação (MEC) elabora um programa para, desde o ensino médio, atrair para essas áreas os estudantes que querem ser professores. A proposta, ainda em construção, prevê parceria com universidades e também a oferta de bolsas de auxílio, disse hoje (10) o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

"É preciso estimular a vocação de professor. Temos o problema salarial, de carreira, mas há também o problema de despertar o interesse pela educação desde cedo e valorizar quem tem esse interesse. Precisamos estimular as ciências exatas, a demanda por ensino superior nessas áreas é muito baixa", disse o ministro, ao participar de audiência na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.

De acordo com Mercadante, a proposta vai incluir várias estratégias para alcançar o objetivo de formar mais professores para o ensino das ciências exatas. "Vamos fazer um programa para estimular desde o ensino médio, com bolsa, com parceria com as universidades, com laboratório, com cientista para dar palestras".

O ministro citou como exemplo da falta de interesse dos estudantes pelo magistério na área de exatas a baixa a procura por esses cursos na última edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), por meio do qual instituições públicas de educação superior oferecem vagas a participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Dados do relatório Escassez de Professores no Ensino Médio: Soluções Estruturais e Emergenciais, do Conselho Nacional de Educação (CNE), de 2007, apontam que as áreas mais carentes de professores eram as de física e química, seguidas das de matemática e biologia.

Mercadante adiantou ainda que o ministério estuda lançar um grande edital de cultura nas escolas públicas e também a criação de uma universidade das artes para aulas de música, cinema, teatro, dança e poesia. Essas ações deverão ser feitas em parceria com o Ministério da Cultura.


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08/04/2013

Cultura matemática

HÉLIO SCHWARTSMAN - FOLHA DE SÃO PAULO - 06/04/2013 - SÃO PAULO, SP

Saiu mais um estudo mostrando que o ensino de matemática no Brasil anda em petição de miséria. A pergunta é: podemos viver sem dominar o básico da matemática? Durante muito tempo, a resposta foi sim. Aqueles que não simpatizavam muito com Pitágoras podiam simplesmente escolher carreiras nas quais os números não encontravam muito espaço, como direito, jornalismo, as humanidades e até a medicina de antigamente.
Como observa Steven Pinker, ainda hoje, nos meios universitários, é considerado aceitável que um intelectual se vanglorie de ter passado raspando em física e de ignorar o beabá da estatística. Mas ai de quem admitir nunca ter lido Joyce ou dizer que não gosta de Mozart. Sobre ele recairão olhares tão recriminadores quanto sobre o sujeito que assoa o nariz na manga da camisa.
Joyce e Mozart são ótimos, mas eles, como quase toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida prática. Já a cultura científica, que muitos ainda tratam com uma ponta de desprezo, torna-se cada vez mais fundamental, mesmo para quem não pretende ser engenheiro ou seguir carreiras técnicas.
Como sobreviver à era do crédito farto sem saber calcular as armadilhas que uma taxa de juros pode esconder? Hoje, é difícil até posicionar-se de forma racional sobre políticas públicas sem assimilar toda a numeralha que idealmente as informa. Conhecimentos rudimentares de estatística são pré-requisito para compreender as novas pesquisas que trazem informações relevantes para nossa saúde e bem-estar.
A matemática está no centro de algumas das mais intrigantes especulações cosmológicas da atualidade. Se as equações da mecânica quântica indicam que existem universos paralelos, isso basta para que acreditemos neles? Ou, no rastro de Eugene Wigner, podemos nos perguntar por que diabos a matemática é tão eficaz para exprimir as leis da física.

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04/04/2013

Escola digital desafia `professor analógico`

Escola digital desafia `professor analógico`

PAULO SALDAÑA - O ESTADO DE SÃO PAULO - 03/04/2013 - SÃO PAULO, SP

A ideia de `professores analógicos` em escolas com `alunos digitais` sempre volta à tona quando o debate é a chegada da tecnologia na sala de aula. A diferença de gerações é essencial nessa relação, mas há uma crise que cabe principalmente ao poder público resolver: a formação dos docentes ainda não contempla essa nova realidade e desafios.

As lacunas de formação que faz com que professores cheguem às escolas já defasados em relação ao uso da tecnologia são sentidas pelas secretarias de Educação. `Graduações e licenciaturas atualmente em seu currículo tratam a tecnologia e seus recursos de maneira superficial, pois a formação desses profissionais dá-se a partir de embasamentos teóricos, não relacionando a prática com a real função das tecnologias na educação`, diz a presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação, Maria Nilene da Costa.

A educadora ressalta que a presença de recursos digitais vem avançando nas escolas do País, com projetos do Ministério da Educação (MEC) e também das esferas estaduais - o que pressiona o professor. `O docente que está iniciando a carreira ainda se depara com dificuldades de inserir o uso das tecnologias e recursos midiáticos de maneira interdisciplinar, reproduzindo ainda as aulas tradicionais.`

O maior desafio, para a presidente da União Nacionais dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleusa Repulho, é incorporar a tecnologia desde a formação inicial. `A tecnologia não está integradas nas faculdades e na sala de aula, é notória a angústia dos professores`, diz ela. `O segredo é fazer com que todos os professores entendam que isso é importante.` Cleusa lembra que cabe ao MEC induzir políticas públicas. A pasta informou que pretende oferecer capacitação a todos os cerca de 500 mil professores do ensino médio nos tablets que está distribuindo. Os cursos, voluntários, têm duração de quatro a seis meses e são semipresenciais.

Apesar de receber críticas sobre a distribuição de tablets sem que houvesse uma plataforma específica para seu uso, o ministro Aloizio Mercadante tem mostrado preocupação com a formação. Em entrevista ao Estado publicada ontem - quando se revelou que o ministério trabalha na criação dessa plataforma -, Mercadante reafirmou que a capacitação dos professores é a prioridade. O ministro já repetiu algumas vezes que os estudantes estão no século XXI, enquanto professores, no século XX.

Diferenças. Além de achar a comparação infeliz, o professor Nelson Pretto, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), ressalta que a diferença de gerações entre professor e aluno sempre existiu e não é tão problemática. `O aluno é jovem e por natureza traz a novidade, o desafio. Se um dia for muito diferente é que teremos de nos preocupar.`

Especialista em educação e comunicação, Pretto concorda que a formação inicial precisa ser transformada, para que não se dependa tanto da capacitação em serviço. `Necessitamos de uma revolução na formação, mas ela tem de ser acompanhada por uma revolução nas condições de trabalho e salário. Não é possível termos tantas expectativas com a educação sabendo as condições dos professores.`

Professor da escola municipal Guiomar Cabral, de Pirituba, zona oeste de São Paulo, André Bastos, de 41 anos, lembra que aprendeu mexer no Power Point, programa de apresentações, porque um aluno o ensinou. Mas para ele, isso só pode ser positivo. `A educação é uma via de mão dupla, eu tenho de tirar vantagem disso. O bom é que o aluno fica ainda mais protagonista`, diz ele, professor de português há 20 anos. `E esse é um desafio permanente do professor. Ele sempre entra na sala sem saber onde uma pergunta vai levar a aula.` / COLABOROU CARLOS LORDELO


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01/04/2013

China investe US$ 1,7 bilhão anualmente em educação em ciência

China investe US$ 1,7 bilhão anualmente em educação em ciência

FERNANDA MORENA - TERRA EDUCAÇÃO - 31/03/2013 - SÃO PAULO, SP

A China está destinando US$ 1,7 bilhão anuais para a educação em ciência. Esse montante, anunciado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, indica um acréscimo de 5,57% do aporte na área em relação a 2010. Metade do valor foi destinado à educação pública.

A medida faz parte do atual plano quinquenal chinês (conjunto de metas que nortearão o governo do país de 2011 a 2015) que prevê o investimento de US$ 1,6 trilhão no desenvolvimento das sete indústrias que se tornaram prioridades: energia alternativa; eficiência em energia; proteção ambiental; biotecnologia; TI avançada; desenvolvimento de veículos movidos com energia alternativa; e indústria de ponta (construção de máquinas).

Com o fim da indústria barata decretado pelo aumento dos salários e os encargos trabalhistas, a China deverá seguir um plano em conformidade a essa nova realidade. `A nossa nova liderança irá focar o desenvolvimento no impulso do desenvolvimento tecnológico`, afirmou Wang Qiang, diretor geral do Ministério de Ciência e Tecnologia da China durante evento sobre transferência tecnológica realizado na Universidade Tsinghua no início de março.

A Tsinghua é um dos grandes braços da intenção mandarim de um salto para a inovação científica. Com um orçamento de 4 bilhões de yuans anuais (cerca de R$ 1,27 bilhão) somado ao orçamento de 3 bilhões (R$ 959 milhões) do Tuspark, o parque tecnológico instalado no local, a universidade garante cerca de 10% do orçamento total destinado à inovação no país. E o plano de Pequim é que ela se torne a maior universidade mundial em 2020.

Com um sistema de ensino público sem ser gratuito (há anuidades pagas em todas as escolas que variam de 1000 yuans a dezenas de milhares em escolas internacionais), uma opção do governo tem sido investir em áreas alternativas que ofereçam espaços para futuros cientistas. A China tem hoje 1.681 salões públicos para atividades ligadas à ciência, que somam 500 quilômetros quadrados juntos (o equivalente a quase todo o território de Cingapura).

Para Wang Qiang, a educação de jovens cientistas é a base do desenvolvimento da indústria de ponta do país, que quer se afirmar como um desenvolvedor de soluções tecnológicas.

`Queremos que nossos filhos sejam engenheiros ou médicos. Algo que possa servir para ajudar o nosso país`, diz Li Penghua, de 35 anos, mãe de Sun Qiuqiu, de 11 anos. O menino está cursando o quinto ano do ensino fundamental na Escola Dongcheng Nº 2, na capital chinesa, e concorda com a mãe - em termos. `Seria legal ser médico, mas queria também ser astronauta`, revela.

Enquanto o Brasil procura a projeção de sua cadeia científica internacionalmente na fase já adulta, mandando pesquisadores ao exterior ou investindo R$ 155 milhões para atrair cientistas estrangeiros ao País, a China amplia seu setor de recursos humanos já na infância. Ainda que o sistema educacional chinês seja voltado para a preparação dos estudantes para a aprovação no gaokao (o exame feito nacionalmente para a graduação dos estudantes do ensino médio), o novo projeto científico chinês deverá prever a `criação de um gosto pela ciência desde o início da vida`.

Mesmo com a exorbitante carga horária enfrentada pelas crianças entre escola, tarefas de casa e aulas extracurriculares, ainda sobra tempo para aproveitar parques como o planetário. `Eu já fui com o meu pai várias vezes, mas mais nas férias, quando estou menos ocupado`, conta Sun.

Em 2010, a China foi a primeira no ranking mundial do Pisa, um teste que avalia a capacidade dos alunos do ensino médio em provas de leitura, matemática e ciência. A fama chinesa de um sistema de ensino rigoroso parece dar resultados: conforme o Instituto de Educação Internacional dos Estados Unidos, o país ultrapassou os tradicionais Canadá e Coreia do Sul em número de alunos enviados para as grandes universidades norte-americanas (MIT, Stanford, Yale, Harvard), com cerca de 100 mil jovens chineses matriculados.

Ainda que o país exporte centenas de milhares de jovens cientistas, a intenção do governo central é trazê-los de volta à China para liderarem pesquisas no setor de inovação. É o caso de Robin Li, o engenheiro e empresário que se tornou o homem mais rico da China em 2011 com o buscador de internet Baidu, criado por ele em 2000.


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Capacitação, revisão pedagógica e metodológica

R$ 1,68 bilhão para educação

Governo abre crédito extraordinário de R$ 1,68 bilhão para educação

VALOR ONLINE - UOL ECONOMIA - 01/04/2013 - SÃO PAULO, SP

Enquanto não sanciona a peça orçamentária para 2013, aprovada no mês passado pelo Congresso, a presidente Dilma Rousseff abriu crédito extraordinário no valor de R$ 1,68 bilhão para o Ministério da Educação (MEC).

Conforme a Lei 12.791, publicada na edição de hoje do `Diário Oficial da União`, os recursos vão para o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies).

A fonte apontada é o superávit financeiro do governo federal de 2011, onde cerca de R$ 595,03 milhões seriam provenientes de loterias administradas pela Caixa Econômica Federal e os R$ 1,088 bilhão restantes de recursos próprios financeiros.

O Orçamento da União 2013 ainda não foi sancionado por Dilma, à espera de análise da área econômica sobre possíveis cortes em despesas agregadas pelos parlamentares.

Só depois que Dilma sanciona o Orçamento é que o Ministério do Planejamento anuncia a programação para a execução orçamentária do ano.


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Impacto do conhecimento do professor no desempenho do aluno

Estudo mede impacto do conhecimento do professor no desempenho do aluno

PRISCILLA BORGES - IG ÚLTIMO SEGUNDO - 30/03/2013 - SÃO PAULO, SP

Medir o impacto do conhecimento do professor para o desempenho escolar do aluno pode soar, à primeira vista, uma tarefa difícil e sem sentido. Difícil porque os instrumentos para avaliar o quanto um docente conhece a disciplina que leciona são raros e, sem sentido porque, em tese, só ensina determinado assunto quem o conhece.

A pesquisadora Raquel Rangel Guimarães, que é estudante do doutorado em Demografia do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar) na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), porém, percebeu que esse era um fator importante para avaliar o aprendizado dos estudantes brasileiros e encontrou uma maneira de demonstrar isso.

Durante mestrado realizado na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, Raquel avaliou quais eram os fatores que, no Brasil, mais contribuíam para o bom desempenho escolar das crianças, medido por avaliações em grande escala. A qualificação do professor apareceu como determinante . O desafio seguinte foi verificar o tamanho desse impacto.

Raquel considerou, na pesquisa, as notas de estudantes da 4ª série do ensino fundamental e seus professores em provas de Matemática do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Na amostra, foram avaliados os dados de seis Estados brasileiros - os que tinham pior desempenho e fizeram parte do Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE) entre 1999 e 2003. São eles: Rondônia, Pará, Pernambuco, Sergipe, Mato Grosso do Sul e Goiás.

Os resultados mostram que cada 10 pontos a mais tirados por um professor no teste representam um aumento de, pelo menos, um ponto na nota dos alunos. Os estudantes foram avaliados em uma escala de 0 a 100. Docentes e alunos prestaram as mesmas provas.

`Temos um efeito razoável e estatisticamente significante, que aponta a necessidade de investimento em políticas para a melhoria do conhecimento do professor do conteúdo que ministra`, ressalta Raquel. Segundo ela, o efeito é duas vezes maior do que o observado em escolas públicas da Carolina do Norte, mostrado em um estudo de Charles Clotfelter, Helen Ladd e Jacob Vigdor, usado pelos pesquisadores para fazer comparações com o Brasil.

Dados escassos

As análises estatísticas feitas por Raquel e um grupo de colegas estrangeiros – Asha Sitaram e Shimpei Taguchi, de Stanford; Lucia Jardon, da Universidade de Zurique, e Lenora Robinson, da Harlem Village Academies – serão tema de palestra em um congresso da Population Association of America, em New Orleans, nos Estados Unidos, no dia 11.

`Infelizmente, os professores só participaram da avaliação em 1999. Seria fantástico se tivessem aplicado ao longo do tempo. É super difícil definir a qualidade do professor, o quanto ele sabe. O mais próximo que temos para definir um professor de boa qualidade é o conhecimento que ele tem da disciplina e o quanto ele sabe transmitir, que ainda não consegui estudar`, afirma Raquel.

Segundo ela, os estudos na área ainda são escassos e deveriam ser mais explorados, porque podem direcionar políticas públicas. `Existe um potencial muito grande para investimento na qualificação do professor. Muitas vezes, parece óbvio mas o que percebemos é que há professores que não conhecem a disciplina que lecionam. É preciso melhorar a capacitação do educador`, diz.


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